Margot sempre teve um amor secreto por seu melhor amigo, um sentimento que ela guardou desde a infância. No entanto, o medo de confessar seus sentimentos a impediu de falar, e seu coração foi partido quando ela o viu beijando sua rival. Esse momento...
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A dor de cabeça latejava, cada pulsação como uma martelada. "Puta que pariu, essa dor vai me matar." Sinto o corpo febril e eu deveria ter ficado em casa. Mas, claro, não posso perder essa prova.
Ontem acabei encharcada na chuva, o frio me pegou de jeito, e agora estou aqui, me impedindo de segurar. O sinal toca e, apressada, entre na sala e me acomodo na minha mesa, tentando ignorar o zumbido incessante da dor. Fico observando os colegas entrando em um, e não consigo deixar de pensar em Margot. Ela deve ficar furiosa depois da conversa no refeitório, mas eu só disse a verdade. Só quero que ela seja feliz com alguém que realmente a mereça. E, embora Matteo seja meu amigo, ele não é essa pessoa.
A professora entra – e que mulher insuportável. "Velha amargurada," penso, enquanto ela lança um olhar severo pela sala. "Como sempre, descarregando a frustração em cima da gente."
A prova começa, e eu me debruço sobre as questões, mas o conteúdo é absurdamente difícil. Ela colocou temas que nem estudamos! Claramente fez isso para ferrar a gente. Minha cabeça lateja ainda mais forte, e o mal-estar aumenta. Sei que estou por um fio; a tontura se intensifica, e a sala parece girar. Sinto as forças me deixando enquanto caminho pelos corredores depois da prova.
De repente, a visão escurece, e estou prestes a sentir o impacto do chão – mas algo me segura antes que caia. Abro os olhos e, por um instante, o mundo parece desacelerar. Encaro aquele rosto... meu Deus, que homem lindo. Tudo ao redor desaparece, como se só houvesse ele, e eu. Um verdadeiro deus grego, com olhos profundos e um ar confiante.
— Ei! Você está bem? — ele diz, segurando-me com firmeza. — Oh garota, você é pesada. — Envergonhada, levanto seu colo rapidamente.
— Desculpa, estou meio resfriada — murmuro, sentindo o rosto esquentar ainda mais.
Ele me observa, com uma expressão meio divertida e meio preocupada.
— Se eu fosse você, iria pra casa. Você tá quente feito uma fornalha.
E, com um último olhar, ele se vira e continua andando. Fico ali, atônita, acompanhando-o com o olhar até desaparecer no final do corredor. Uma coisa é certa: acabei de entrar na minha lista de interesses. "Anote aí, 'Meu Demônio Favorito 2', com o gostosão como protagonista. Mal posso esperar para viver meu próprio dorama."
