Asas e Chamas ao Alvorecer

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    Quais eram as chances daquele plano dar certo? Daenerys não tinha certeza. Toda sua vida fora rodeada por homens que torciam o nariz para suas decisões, aqueles que achavam suas ações precipitadas e a julgavam agressiva demais. Eles viam em sua impetuosidade um perigo; ela, no entanto, via apenas o sangue Targaryen correndo quente em suas veias. Ela não era mais a rainha dos Sete Reinos; agora vivia em uma época onde dragões dominavam os céus e as batalhas eram travadas até a morte em suas costas.Agora vivia no tempo onde os Targaryen eram reis e por isso agiria com uma. Viveria como uma verdadeira filha de Valíria, e agiria como tal, mesmo que isso significasse ter ações precipitadas, se fosse necessário.

    Ela caminhou até Drogon e Tessarion. Os Dragões não poderiam ser considerados grandes amigos, ainda assim se entediam de sua própria maneira, diferente de Drogon e Caraxes que entravam em impasse sempre que estavam juntos, Tessarion e Drogon aceitavam a presença um do outro.

    Tessarion se movia de forma inquieta, e Daenerys podia ver a ansiedade nos olhos da dragão.

    — Preciso que venha comigo — ela murmurou, olhando para a fera azul que lhe devolvia o olhar com curiosidade. — Daeron está a salvo, eu prometo.

    Ela não sabia ao certo até que ponto os dragões a compreendiam, mas tratava-os com o respeito de um igual, nunca subestimando a inteligência que sentia arder em seus corações de fogo.

    — Por favor — sussurrou, tocando de leve o focinho de Tessarion. — Não posso deixar você aqui sozinha.

    Drogon grunhiu ao lado, sua presença tão imponente quanto a dela. Havia algo nos dragões que a perturbava. A ligação que ela compartilhava com eles era incomum, quase antinatural. Em seu próprio tempo, Daenerys atribuía essa conexão à sua linhagem valiriana. Agora, no entanto, parecia algo ainda maior, inexplicável. Mas ela não podia se dar ao luxo de confiar cegamente em seus instintos; precisava de certezas que os dragões raramente lhe davam. Não podia se apegar ao talvez, não naquele momento. Então ela voltou à tenda.

    — Irá montar em Tessarion e voará ao meu lado para Pedra do Dragão — foi a primeira coisa que disse ao entrar.

    Daeron soltou uma risada breve e sarcástica, e Daenerys cruzou os braços, observando-o em silêncio.

    — Espera, está falando sério? — A voz dele carregava um tom de desafio, mas o suor ainda prendia os fios prateados à sua testa. — Você me subestima assim tanto?

    Daenerys abaixou-se até ficar na altura de seus olhos, a intensidade de seu olhar o forçando ao silêncio.

    — Eu não subestimo Tessarion — respondeu com voz baixa e fria. — Mas você... você sei apenas que não é tolo o bastante para tentar alguma coisa.

Chamas do Passado | Herdeiras do fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora