O silencio dos dragões

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    A cabeça de Ulf não fora atirada aos porcos, tampouco pendurada nos muros para servir de aviso aos inimigos. Simplesmente fora enterrada, sem cerimônia, em algum canto esquecido, junto ao restante de seu corpo. Uma morte tão insignificante quanto a sua vida.

    Os guardiões de dragões, esperavam outra reação da dragão mais tarde naquele dia. Eles temiam que Asaprata se enfurecesse, que o vínculo rompido a transformasse em uma fera indomável. Mas o dragão não reagiu. Ela agia como se Ulf jamais tivesse sido seu montador, como se sua perda fosse insignificante.

    — Ela está se alimentando? — Baela perguntou ao guardião, suas palavras rápidas em alto valiriano.

    — Como nunca antes, minha senhora — ele respondeu, a voz tingida de surpresa, seus olhos arregalados — jamais vi um dragão lidar com a morte de um montador dessa forma.

    — Talvez o vínculo entre eles fosse fraco — sugeriu Baela, franzindo o cenho.

    — Ou talvez ela tenha sentido o que todos nós sabíamos — disse Jacaerys com frieza. — Que o bastardo não era digno.

    Baela virou o rosto na direção dele, os olhos dela cravados nos seus, avaliando-o com intensidade.

    — Muito obrigado pelas informações — Baela agradeceu o homem antes de engatar o braço no de Jace e caminhar para dentro do castelo — o que foi agora? Achei que estivesse satisfeito em ter dado um fim ao homem. Apesar de eu não esperar aquilo vindo de você. De meu pai talvez, mas não de você.

    Ele não respondeu de imediato, seus olhos fixos nas pedras sob seus pés enquanto caminhavam. As palavras de Baela pesavam, mas algo mais roía em seu íntimo.

    — Talvez tenha passado tempo demais com Daemon — murmurou, como se a confissão fosse amarga.

    — Talvez — Baela deu de ombros, um sorriso fugaz nos lábios — ou talvez tenha perdido o controle por causa de alguém.

Chamas do Passado | Herdeiras do fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora