O Dia da Promessa

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Penélope começou a acordar lentamente, seus sentidos voltando à vida em meio a uma neblina de dor e confusão. A primeira coisa que sentiu foi uma dor intensa, como se todo o seu corpo estivesse em chamas. Ela se lembrou do acidente e uma onda de pânico a atravessou. Gemendo, ela abriu os olhos e se deparou com Colin ao seu lado.

- Por favor... não me leve ao hospital- ela implorou, as lágrimas escorrendo pelo rosto. - Ele... ele vai me achar.

Colin franziu a testa, confuso.

- Quem vai te achar, Penélope? Você precisa me contar. Estou aqui para te ajudar- ele disse, a preocupação se espalhando por seu rosto.

Mas antes que ela pudesse responder, uma nova onda de dor a atingiu, e ela desmaiou, sua mão se fechando em torno da dele, como se quisesse se agarrar à única coisa que a fazia sentir-se segura.

No dia seguinte, Penélope acordou em um quarto diferente, um espaço iluminado e familiar. Ela estava deitada em uma cama confortável, mas o movimento de abrir os olhos foi como uma tortura. A claridade a incomodava, e ela sentiu o peso das cobertas sobre o corpo machucado. Ao olhar para seus braços e mãos, viu que estavam arranhados e machucados, como se tivesse passado por uma tempestade.

Colin entrou no quarto, sua expressão preocupada se transformando em alívio ao vê-la acordada.

- Penélope? - ele disse, aproximando-se. - Você está acordada. Que bom

Ela o reconheceu imediatamente, e um misto de alívio e confusão tomou conta dela.

- Colin... Colin Bridgerton ? - ela sussurrou, sua voz fraca. - O que aconteceu?

- Você estava em um acidente. Eu estava passando e te vi. Você desmaiou, mas... você está a salvo agora - ele explicou, seu tom suave e reconfortante. - Você deveria estar no hospital, mas estava tão assustada ontem que achei melhor esperar você acordar pra leva -lá

- Não... não posso ir para o hospital! - ela protestou, tentando se sentar. - Preciso ir embora. Ele pode me encontrar.

Colin rapidamente se aproximou, tocando delicadamente seu braço para impedir que ela se levantasse.

- Pelo amor de Deus, Penélope, você não está bem. Precisamos cuidar de você. Deixe-me ajudar.

Os olhares deles se encontraram, e Penélope sentiu um turbilhão de emoções. A dor em seu corpo era insuportável, mas a presença de Colin trouxe um tipo de conforto que ela não esperava. Havia algo profundo e protetor em seu olhar, uma conexão que a fez se sentir segura, mesmo em meio à tempestade que se aproximava.

- Por que você está fazendo isso? - ela perguntou, sua voz embargada. - Você não precisa me ajudar.

- Na verdade, eu preciso- Colin respondeu, sua voz firme, mas suave. - Eu sou médico, fiz um juramento em ajudar todas as pessoas que eu pudesse...

A tensão entre eles era palpável, como um fio prestes a se romper. Colin se recostou na parede, observando Penélope com um olhar avaliador. O ar carregava um misto de preocupação e um ressentimento não resolvido que parecia ter se acumulado ao longo dos anos.

- Talvez seja melhor você ligar para o seu marido - ele sugeriu, cruzando os braços sobre o peito. Sua voz era casual, mas havia um tom de sarcasmo subjacente. - Ele deve estar preocupado.

Penélope levantou uma sobrancelha, o queixo se erguendo de maneira desafiadora.

- Como você sabe que eu sou casada? - ela retrucou, sua voz ácida. A defesa que ela costumava usar nas situações desconfortáveis voltava à tona, uma armadura contra a vulnerabilidade que sentia.

o preço da Fama (Oneshot Polin) Onde histórias criam vida. Descubra agora