o preço da Fama (Oneshot Polin)

A primeira vez

Penélope segurou Petúnia no colo, sua pequena irmãzinha chorando levemente enquanto ela pegava Rex, o dinossauro de pelúcia que estava esquecida na mesa. O coração dela doía, não só pela dor que ainda sentia de Damon, mas pela cena que acabara de presenciar entre Colin e Maya.

—  eu quero o Rex! — Petúnia reclamou, as lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Eu sei, meu amor — Penélope respondeu, tentando manter a voz calma. — Vamos embora agora.

Antes que ela pudesse sair, Colin apareceu à porta da sala novamente, seu olhar fixo em Penélope, cheio de preocupação.

— Penélope, espera! — ele chamou, mas ela não se virou.

— Não, Colin. Você não deve explicações para mim — disse Penélope, mantendo a voz firme enquanto se afastava.

— Mas eu preciso que você me escute! — ele insistiu, frustrado. — Você não entende o que aconteceu!

Maya, que observava a cena com um sorriso vitorioso, não pôde resistir.

— Veja, Penélope, você precisa entender seu lugar. Colin tem alguém agora — disse ela, com um tom desdenhoso.

O olhar de Colin se endureceu ao ouvir as palavras dela.

— Eu nunca sentirei nada por você, Maya! — ele gritou, a raiva se misturando com a frustração. — Eu não tenho interesse em você, e isso nunca vai mudar!

Ouvindo isso, Penélope parou por um momento, sentindo uma mistura de emoções. Mas ela sabia que precisava sair, precisava se afastar daquela confusão. Sem olhar para trás, ela continuou seu caminho em direção à saída, segurando Petúnia em seus braços.

— pen, o que está acontecendo? — Petúnia perguntou, percebendo a tensão no ar.

— Está tudo bem, querida. Apenas um dia difícil — respondeu Penélope, tentando manter a voz estável.

Assim que saíram do hospital, Penélope respirou fundo, permitindo que o ar fresco entrasse em seus pulmões.

— Vamos para casa — disse ela, decidida.

Enquanto isso, Colin ficou parado, sua expressão cheia de conflito. Ele sabia que tinha que ir atrás dela, que precisava mostrar que seus sentimentos eram verdadeiros, mas a frustração e a confusão o impediram de seguir.

Maya se aproximou dele, um sorriso satisfeito nos lábios.

— Você não pode ter certeza do que sente, Colin. Talvez seja hora de deixar Penélope ir — ela disse, seus olhos brilhando com uma certeza cruel.

Colin a ignorou, já decidido. Ele não poderia deixar Penélope se afastar assim, mesmo que estivesse cercada por sombras. A necessidade de protegê-la e estar ao seu lado era mais forte que qualquer outra coisa.

— Não vou desistir dela — ele afirmou, mais para si mesmo do que para Maya. — Nunca.

...
Penélope suspirou aliviada ao entrar em casa, deixando Petúnia sob os cuidados da babá. A pequena estava cansada e precisava descansar depois do susto e do gesso no braço. Penélope, por outro lado, ainda carregava o peso do que presenciara no hospital. Aquela cena de Colin e Maya beijando-se a atormentava, mas ela tentava a todo custo manter a compostura.
Assim que Penélope abriu a porta, viu-se frente a frente com um homem de expressão fria e postura rígida. Ele segurava um envelope em mãos, e o brilho discreto de seu anel indicava seu status profissional.

— Senhora Featherington? — ele perguntou formalmente.

Penélope assentiu, seu coração já começando a bater acelerado.