Nós três ( 1 livro da série Nós três )

08

OLIVIA

Enquanto o veterano fala sobre o mapa do campus, prático escrever Olivia Audley com minha caneta rosa. Nossos nomes ficam bem juntos, digo para mim mesma. Provavelmente levará uma eternidade até que eu mude meu sobrenome, mas isso não me
impede de rabisca-lo uma e outra vez. É algo que fiz durante anos, especialmente quando fico entediada em uma sala de aula.

Eu realmente amo a idéia deles usando camisas com meu nome. As compras estão de volta na agenda de hoje. Vou ter que avisar a Erika. Eu já uso o nome deles nas minhas costas há anos, já que a metade do meu armário é de camisas velhas e camisetas do Levi. Não é um anel, mas pelo menos é alguma coisa.

Eu sei que as garotas olham para essas roupas com inveja. Quem pode culpá-las?

É uma honra usar o nome Audley.

Por outro lado, o pensamento deles usando meu nome em suas costas me enche de satisfação. Embora eu saiba que eles nunca iriam trapacear, quero que todos saibam que agora eles pertencem
a mim. Eles fazem suas coisas de homem das cavernas,e eu também posso fazer as minhas.
Cavernimulher quer seu nome em você. Eu bufo
com a minha própria piada estúpida.

Meu telefone acende com um texto.

Zeke: O que há de tão engraçado aí em cima?

Eu: Lembrei que esqueci minha calcinha quando eu me troquei. Você ainda tem a minha aí?

Eu seguro uma risada. Eu olho por cima do meu ombro para vê-lo me dando um olhar que é um cruzamento entre eu vou espancar sua bunda e vou te pegar como um animal no cio. Eu pisco, voltando para fingir que estou ouvindo o que está sendo dito.

Eu prestaria melhor atenção se soubesse
que precisava, mas não há dúvida em minha
mente de que meus dois homens traçaram um caminho para qualquer um deles, ou os dois, me acompanharem para todas as aulas. Aprender meu caminho virá com o tempo.

—Então é isso. Se vocês tiverem alguma dúvida, sintam-se à vontade para vir e perguntar, — disse o veterano responsável pela sessão de orientação.

Eu pego minhas coisas, então me viro e acabo
quase correndo para alguém. No começo, eu acho que é Zeke porque ele está tão perto, mas quando meus olhos viajam para cima, vejo um cara com cabelo loiro desgrenhado em vez do meu garoto gigante de cabelos escuros.

O loiro me lembra do cara que deu para mim e para a Erika o panfleto mais cedo, mas eu poderia estar enganada. Minha amiga Kimmy costumava brincar que, de alguma forma, todos os outros meninos se misturavam e pareciam iguais para mim, mas os gêmeos Audley eu distinguia com os olhos fechados.

Cada um deles tem seu próprio perfume que eu acho
intoxicante. Eu sinto minhas bochechas ficarem vermelhas de apenas pensar nisso. Eu me tiro da minha névoa sexual e me concentro no garoto em
pé na minha frente.

—Por que você se trocou? — Ele pergunta seus olhos
correndo pelo meu corpo.

—Huh? — Pergunto em confusão.

Eu olho para minha roupa e lembro que mudei.

—Aqueles shorts eram -— Antes que ele possa terminar, ele sai voando por um empurrão do Zeke.
—Por que você não jogou futebol também? — Eu brinco.

—Porra. Zeke Eu estava apenas brincando.— O cara vai se levantar, mas para quando Zeke o mede com um olhar.

—Vá à merda, vá brincar em algum outro lugar. Essa é a sua única advertência, — diz a ele.

Algumas garotas riem e sussurram sobre o que aconteceu.

—Continue. Espalhe essa merda, — Zeke ordena, virando-se para olhar as garotas que estão rindo.