Nós três ( 1 livro da série Nós três )

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OLIVIA

—Eu acho que eu comi muito queijo.— Eu seguro meu estômago, não tenho certeza onde eu tive a idéia de pedir o triplo do queijo quando pedimos uma pizza para o nosso quarto.

Eu deveria ter pensado melhor quando me pediram para repetir o que eu disse. Parecia uma boa ideia na época.

—Eu nunca vou me mover de novo, — eu gemo.

Eu nunca estive mais agradecida pelo elástico e lycra como estou neste momento.

Erika pega outra fatia, encolhendo os ombros e dando uma mordida, não perturbada pelo queijo gorduroso.

—Eu deveria odiar você, — digo a ela.

Ela come o dobro de mim e não sei como cabe dentro dela.

—Para onde vai? —

Erika ri do meu comentário como se eu estivesse brincando. Eu não estou. Eu realmente quero
saber para onde isso vai. Acho que ela pode comer mais que Levi e Zeke. Por que tenho o desejo de testar agora essa teoria?

Pensar nos gêmeos fez com que eu olhasse para o telefone na minha mesa, fora do alcance. Por sorte, não consigo me mexer,então não posso persegui-los ou imaginar por que eles estão tão calados. Estou tentando me afastar deles para não torturá-los mais.

Eu fui incapaz de me ajudar quando estou perto deles ultimamente.Eu me transformo em uma central de hormônios quando eles estão perto de mim. Estou tão desesperada pra eles me tocarem que ficar longe deles parece ser a única opção. Nós todos precisamos nos refrescar um pouco.

Meu corpo sofre por eles e a ausência está fazendo com que a dor se intensifique a cada segundo. Não há vencedores neste momento. Eu só tenho que continuar me lembrando que é apenas uma questão de tempo. Eles estão sofrendo tanto quanto eu. Os
minutos são mais longos do que nunca, e é por isso que eu fiquei longe, mas não será por muito mais tempo. Hoje é meu aniversário e todas as apostas estão encerradas.

—Então eu sei que estamos evitando seus homens, mas se eu sei de alguma coisa, eu te conto?

Minha cabeça se afasta do relógio, que eu juro que não se moveu, para olhar para Erika. Seu tom me deixa no limite.

—Oh Deus. Eles descobriram? Eles estão na cadeia?

Eu me sento. O pânico começa a tomar conta do meu corpo.

—Não, eles não estão na cadeia.— Ela olha para longe de mim e faz parecer que eles estão em algum lugar pior do que a cadeia.

—Erika! — Eu grito. —Conte-me..

Ela solta o lábio entre os dentes.

—Eles foram vistos indo para o quarto da Hope na casa da fraternidade Alpha Gamma.— Ela não
consegue pronunciar as palavras rápido o suficiente.

—Realmente? — Eu estou com ela.

Ela acena com a cabeça.

—Sim, quero dizer....

Eu pulo, cortando-a.

—Esta é a nossa chance! Pegue seus sapatos—digo a ela, correndo para calçar os meus.

Eu tenho que me apressar ou vamos perder esta oportunidade de ouro. Eu quase caio enquanto tento pegar os tênis sem perder tempo para desamarrá-los.

—Nós vamos lá para confrontá-los? — Ela pula da cama e coloco as mãos nos quadris.

Ela não parece mais meio doente como fez há pouco. Ela parece chateada e pronta para a batalha. É a
mesma expressão que ela usou quando derrubou o garoto surfista horas atrás. O olhar que indica que ela está no final de sua paciência e se você pisar em seu caminho, ela vai destruir você. Eu gosto desse olhar em Erika. É bom saber que ela tem esse lado mal-humorado.