8. Ordinary People

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CAROLINE APERTOU O CELULAR CONTRA O OUVIDO, A VOZ DE DAMON CORTANDO A LINHA COM SEU TOM SARCÁSTICO HABITUAL

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CAROLINE APERTOU O CELULAR CONTRA O OUVIDO, A VOZ DE DAMON CORTANDO A LINHA COM SEU TOM SARCÁSTICO HABITUAL. ELA CAMINHAVA PELOS CORREDORES DA ESCOLA, MAS A CABEÇA ESTAVA LONGE DALI, COM A IMAGEM DE IAN AINDA VÍVIDA EM SUA MENTE. CADA DETALHE DAQUELE ROSTO QUE CONHECIA TÃO BEM, CADA EXPRESSÃO, CADA TRAÇO DE DOR E DESESPERO... TUDO AINDA PESAVA EM SEU CORAÇÃO.

— Como ele está? — Ela perguntou, a voz baixa, como se já temesse a resposta.

Do outro lado da linha, Damon caminhava lentamente em direção à cela onde Ian e Stefan estavam presos. Ele sabia que a pergunta de Caroline não se referia ao físico de Ian; ela queria saber se havia qualquer sinal, ainda que sutil, de que sua humanidade pudesse estar voltando. Ao chegar à porta da cela, Damon olhou para dentro, com um olhar entre o desprezo e a exasperação.

— Pálido e emburrado — respondeu, uma ponta de ironia na voz. — Do mesmo jeito que você deixou, seu namorado é bem obediente.

Dentro da cela, Ian estava sentado contra a parede, os olhos distantes, mas o corpo rígido, como se cada fibra sua estivesse tensa, lutando para não ceder à dor e à sede. Havia uma expressão de cansaço, e, ainda que ele tentasse manter a fachada indiferente, Damon podia ver a sombra de algo que parecia ser um resquício de emoção. Mas, como de costume, ele preferiu esconder qualquer esperança, deixando Caroline enfrentar a realidade.

Caroline suspirou do outro lado, a mistura de tristeza e frustração evidente em sua voz. Ela queria tanto acreditar que ele estava se abrindo, que havia progresso, mas o sarcasmo de Damon e o silêncio de Ian pareciam apenas aumentar suas dúvidas. Mas ela não estava disposta a desistir.

— Ele vai ter que superar — respondeu, com o tom firme, mas com uma pitada de cansaço. — Te ligo mais tarde.

— Vou te manter informada, mamãe zelosa — Damon replicou, com seu tom irônico característico, antes de encerrar a ligação.

Caroline guardou o celular, tentando afastar a dor que se intensificava toda vez que pensava em Ian. Era difícil seguir em frente com o dia, fingir que estava tudo normal quando seu coração estava preso naquela cela junto a ele.

𝐁𝐄𝐀𝐔𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊 | 𝐂𝐚𝐫𝐨𝐥𝐢𝐧𝐞 𝐅𝐨𝐫𝐛𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora