Perdida no frio implacável do Alasca, uma jovem mãe luta contra a exaustão e a dor, determinada a salvar a vida de sua filha. Com seus últimos esforços, ela deixa a pequena Lilian na soleira de uma casa isolada, acompanhada apenas de uma carta que r...
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03/11/1990 Alasca
"Rosalie"
O sol da manhã filtrava-se suavemente pela janela, iluminando o quarto de Lilian com um brilho dourado que parecia mágico. Eu a observava enquanto ela se contorcia no seu berço, seu rostinho adorável e tão expressivo. Eu não conseguia parar de sorrir. Era incrível como esse pequeno ser conseguia trazer tanta luz à minha vida, uma luz que há muito tempo não via. Era o nosso ritual matinal, e eu estava tão ansiosa para brincar com ela.
Levantei-me, puxando um dos seus brinquedos macios, uma pequena ovelhinha de pelúcia que Emmett tinha trazido para ela. A ovelhinha era branca, com um sorriso estampado no rosto.
– Bom dia, minha pequena – murmurei, colocando a ovelhinha perto de seu rosto. – Pronta para brincar?
Lilian olhou para mim com aqueles grandes olhos claros, tão cheios de curiosidade. Ela moveu as mãos em direção à ovelhinha, como se estivesse tentando agarrá-la. Meu coração derreteu naquele instante. Nunca imaginei que um gesto tão simples pudesse significar tanto.
– Olha, Lilian! Esta é a ovelhinha que o papai trouxe. Ela é muito fofa, não é? – Eu balançava a ovelhinha na frente dela, fazendo-a saltitar.
Lilian começou fazer barulho com a boca, um som suave e encantador que preenchia o ambiente. Era como música para os meus ouvidos. Cada expressão era uma pequena explosão de alegria, e eu estava completamente cativada.o ontem
Enquanto brincava, não pude deixar de pensar em como a vida havia mudado em tão pouco tempo. Há um seis meses, tudo era incerteza e medo. Agora, com Lilian, tudo parecia tão claro. Ela trouxe um propósito que eu pensava ter perdido. A ideia de ser mãe, de cuidar e proteger, floresceu dentro de mim como uma flor após a chuva.
A ovelhinha dançava no ar, e eu fazia caras engraçadas, tentando imitar os sons que ela poderia ouvir no mundo. A cada movimento, Lilian se agitava mais, sua expressão se iluminando. Em um momento de pura alegria, quando eu estava prestes a fazer uma nova careta, algo incrível aconteceu.
Lilian abriu a boca, e um sorriso genuíno brotou em seu rostinho. O tempo parou. Foi um sorriso puro, cheio de inocência e alegria, e eu não consegui conter as lágrimas que nunca cairia. Meu coração estava em festa, e tudo ao meu redor desapareceu. Aquele sorriso era como um presente, um sinal de que ela estava realmente começando a se conectar com nós, a se sentir amada.
– Oh, meu Deus! – exclamei, meu coração cheio de amor . – Você sorriu, Lilian! Olha como você é linda!
O sorriso banguela dela se alargou ainda mais, e eu não pude deixar de rir. Era como se o universo tivesse se alinhado naquele instante, e a felicidade que eu sentia era tão intensa que mal conseguia respirar. Chamei por Jasper, sem conseguir conter a emoção.
