Avocation - TC.

XXI

Capítulo 21

Acordo com o despertador a tocar demasiado alto e perto dos meus ouvidos.
Acordar a uma segunda-feira desta maneira devia ser crime. Apesar de que a minha consciência sabe perfeitamente que o problema não é a segunda-feira em si mas simplesmente por ser o dia em que temos que voltar às nossas vidas de trabalhado e de rotina. O que eu quero dizer é, se terça-feira fosse o dia a seguir à nossa pequena folga da semana, nós odiaríamos terça-feira e não segunda-feira. Apesar que eu também odeio quinta-feira, é aquele dia da semana que passa mais devagar, tão devagar que até chega a doer na alma.
Mas cá estou a dispersar, tenho que me levantar. Quem me dera estalar os dedos e já estar preparada e com o cabelo perfeito. Falei do cabelo porque ele enerva-me todos os dias porque simplesmente nunca fica como eu quero.
Mas fazer o quê? Pessoa teimosa, cabelo teimoso, é a vida.

De banho tomado, cabelo preparado e roupa vestida, desço para tomar o pequeno-almoço. "Bom dia família" dou um beijo na testa da minha mãe e do meu pai e sentei-me no meu lugar de sempre na mesa e apressei-me a ingerir o meu pequeno-almoço. "Não te esqueças de me contar como correu o dia assim que chegares a casa filha" quase me engasguei a sério, o leite que se encontrava na minha boca voou diretamente para a camisa do meu pai lavada e cuisadosamente passada por ele no fim do dia de ontem. "Ups, desculpa pai" soltei um pequeno sorriso penoso para o mesmo que me olhou desconfiado. "Se o súbito interesse da tua mãe para saber como o teu dia irá correu me deixou desconfiado de que algo se andava a passar, a tua reação só confirmou as minhas suspeitas" suspirei em derrota. Obrigada mãe, agora terei que explicar ao meu pai e ele provavelmente (quase certamente) vai ter "a conversa" com o taylor. Obrigada mãe, de coração.
Levei a minha mão à testa "desculpa pela camisa pai, já estou a ficar atrasada, já tenho que ir. Adeus, até logo" e assim esquivei-me da mesa o mais rápido que consegui. "E NÃO TE DESCULPO PELA CAMISA" menor das minhas preocupações.

Estou aqui na minha secretária, já fora do escritório do Taylor, como deveria ter ficado desde o início.
Eu sinceramente não sei muito bem como me sentir em relação a esta cena que eu e ele temos. Eu estou demasiado confusa, confusa em relação aquilo que eu sinto por ele, em relação ao que ele sente por mim, em relação ao que nós temos.
E ainda tem aquela conversa que o pai dele teve comigo no meu primeiro dia de trabalho que foi há quase duas semanas atrás. Como vou olhar para ele direito agora? Ele pediu-me para não ceder ao Taylor e aqui estou eu a pensar nele, para não falar das vezes em que caí nos encantos dele, dos beijos que partilhámos, do sexo que tivemos, das conversas que tivemos...

Passo a mão pelo cabelo e fecho os olhos, estou demasiado confusa no meio disto tudo. A minha cabeça não sabe o que fazer e o meu coração sabe o que sentir. Mas, uma parte de mim que não está confusa e que sabe o que quer, ou melhor, quem quer, é o meu corpo. O meu corpo está a pedir pelo dele desesperadamente.
Uma pergunta eminente está na minha cabeça: o que irei fazer quando nos virmos?

E por falar no diabo, ele acaba de aparecer a fechar o blazzer ao sair graciosamente do elevador. Cabelo deliciosamente preparado, puxado para trás meio rebelde meio para trás. Olhar para ele trás-me água na boca e o meu corpo começa já a pedir para que aquelas mãos toquem em mim e que aqueles olhos continuem a olhar para mim, para todas as partes do meu ser.
Os seus deslumbrantes olhos castanhos encontraram-se com os meus de uma maneira intensa deixando-me sem forças.
Não, não era isto que eu queria. Ele não pode fazer isto comigo, como assim ele está a desarmar-me sem sequer me tocar ou falar comigo? Que absurdo. Baixo o olhar para os papéis à minha frente. Não tenho nada para fazer neles mas estou sem imaginação para pegar noutra coisa, só preciso fingir que isto é muito interessante e trabalhoso e rezar para que ele não perceba que eu terminei isto a meio da tarde de sexta e que lhe entreguei para que visse se faltava algo para eu entregar ao pai dele. Agora lembrei-me, sem notas, nem nada a apontar.
"Bom dia Héstia. Espero que supere esse relatório, eu achei esse trabalho bom, não precisa corrigir mais nada." corei, ups.
"Bom dia Caniff." tratei de movimentar o raro e olhar para a tela do computador à minha frente.
"Héstia, queres ir comigo jantar hoje depois da faculdade?" uma desculpa, uma desculpa, uma desculpa, tou demasiado confusa ok?
"Desculpe, não tenho nem tempo para pensar, acabou de me dar uma daquelas vontades de cagar do inferno, se me der licença"
E com isto levantei-me da cadeira onde estava sentada e corri para a casa de banho espremendo o rabo fingindo estar mesmo com esse problema. Tranquei a porta e sentei-me no tampo da sanita.
Eu pedi ao meu cérebro uma desculpa, não uma maneira de me fazer passar vergonha. Ainda me perguntam como sou assim tou desastrada, nem eu sou boa para mim, eu acabei ds me fazer passar uma vergonha tão pequena que se o pessoal da segurança esteve atento às câmaras, ainda se estão a rir com a mão na barriga e quase sem ar. Mas é claro que eles viram, eles são pagos para isso, duh
As únicas divisões que não têm câmaras são o escritório do Sr. Caniff, o escritório do Taylor, a sala de segurança e as casas de banho.
Usei papel higiénico para disfarçar e aproveitei para limpar algum excesso de maquilhagem no meu rosto, pus o utilizado no lixo e descarreguei.
Dirigi-me aos lavatórios e lavei as mãos, olhei-me ao espelho e ainda me encontrava um pouco corada, encolhi os ombros e limpei as mãos à toalha ali existente para esse mesmo propósito. Ajeitei a saia que estava um pouco fora do sítio e quando me vi pronta, saí da casa de banho.
Caminhei de volta para a minha secretária. Ia entretida a apreciar os meus lindos sapatos pretos com brilho, não falo em bling bling ou purpurinas, falo naquele brilho em algumas peles, lindos de uma forma simples e classy ao mesmo tempo.
Ouvi uma tosse forçada e levantei o meu olhar, qual não foi o meu espanto quando encontro Taylor confortavelmente sentado na minha cadeira.
"Ainda não me respondeste e eu preciso de uma resposta héstia"
Devia ter ficado a "cagar" até à hora de almoço.

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A desaparecida apareceu (?)quęēé(?)
Decidi deixar-vos este presentinho em honra da filha da p#ta da minha preguiça, no caso a p#ta sou eu mas ainda sou bv ent deixou de ter efeito, TRANSIÇÃO
Pois é, ainda não terminei a edição da história em honra da filha de uma bv (weird) da preguiça, vou de vez em quando fazendo uma coisa (editando) ou outra (novo capítulo).
Hoje deu-me simplesmente para abrir o wattpad para escrever, e peço imensa desculpa pelas minhas demoras, não tenho desculpas, é preguiça mesmo.
Amo-vos, lili, liliana, sweetie not angel ou mulher do taylor caniff em que ele é meu marido mas não sabe
Até a uma próxima s2s2