IX

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Capítulo 9

#POV Taylor

"eu estou emocionalmente instável ok? Tu descontrolaste-me a cabeça quando te descontrolas-te e fizeste de mim o teu brinquedo. Eu não aguento isso. Eu estou uma confusão. Agora se me dás licença vou tentar recompor a merda que tu fizeste comigo." estas palavras estão a ecoar na minha cabeça. Como assim eu descontrolei-a?

Oh, tou-me a fazer de tolo. Eu sei perfeitamente que ser estúpido e violento com ela a assustou muito. E que depois fodê-la deixou-a confusa. E eu devo tê-la magoado...

Sou um covarde, magoei uma mulher.. só um covarde faz isso..

Mas quê?

Que porras tou aqui a pensar?

Já fiz pior com outras, porque me estou a importar tanto com uma simples empregada do meu pai? Que por sinal é minha colega de trabalho, trabalha na mesa mesmo à minha frente, em que eu a observo a trabalhar enquanto sobe uma vontade de a foder bem numa das mesas, deixando-me com uma pequena tesão um pouco desesperada.

Já me satisfiz, porque me estou a importar?

Mas porra? Estou excitado com o simples pensamento?

Ela é tão boa!

Ela mesma me descontrola, e não estou assim como ela!

Para de ser otário rapaz, tu foste violento com ela!

Bate na minha mente a maneira como ela saiu da empresa. Uma dose de culpa e arrependimento acerta-me como uma chapada.

Desencosto-me da mesa onde aconteceu o que eu tanto quis de certa forma, de outra não.

Saio da minha sala e desço até à recepção pronto a ir embora.

Quando vou a sair da empresa, sinto um braço a puxar-me.

Uma esperança que seja ela atingiu-me, mas rapidamente desapareceu ao ver o meu pai mesmo atrás de mim. "onde pensas que vais?" "embora?" saiu em tom de pergunta. "porquê?" "não tou aqui bem." "Vais deixar a Héstia a trabalhar sozinha?" "ela também não tá cá.." digo-lhe distante. "que lhe fizeste?" um pequeno desespero atinge-me "nada! Porque dizes isso?" "ela em todo o percurso foi assídua e logo no segundo dia de trabalho sai assim do nada? Queres que acredite que não tens nada a ver com isso tendo em conta o tem histórico?" "ela estava simplesmente mal disposta" digo rápido de nervoso que estava. "desta vez passa. Que aconteça isto de novo" aponta-me o indicador e assinto. "posso ir?" "vai.."

Viro-me e saio da empresa e vou direto ao estacionamento. Rapidamente encontro o meu carro e entro no mesmo. Encosto-me ao banco do carro e passo a mão pelo meu cabelo. Solto um grande suspiro.

Tenho que saber o número dela para o caso de ir a casa desculpar-me e ela não me deixar. Tenho mesmo.

Mas agora como?

Retiro o casaco pousando-o no lugar do passageiro e ligo o carro.

Coloco o pé na embraiagem ainda pensando em como conseguir a morada dela. Se pedisse na empresa seria muito suspeito. Lembro-me que ainda tenho o pé na embraiagem e coloco marcha atrás saindo do lugar que anteriormente estava estacionado e arranquei.

Pensa taylor, pensa! Penso alto batendo com a mão no volante enquanto estou parado num sinal vermelho.

Isso mesmo, a universidade!

O sinal torna-se verde e eu rapidamente acelero dirigindo-me à sua universidade.

Chegando lá, estaciono o meu lindo carro sorrindo. Saio do mesmo e fecho-o ainda pensando no quanto eu sou um génio.

Entro na recepção que se encontrava com algum pessoal.

Vejo que vou ter que esperar.

Bato com o pé no chão enquanto mexo no meu telemóvel procurando por algo que me leve ao número dela no facebook dela, parece que ela é cuidadosa e sorrio orgulhoso disso. Mas porque estou a sorrir? Eu nem sequer devia estar aqui!

Suspiro mas no fim acaba com um sorriso imaginando o meu plano a correr-me bem e perco-me nesses pensamentos.

"Menino?!" subo o olhar e vejo a recepção vazia e a senhora que se encontrava atrás de um balcão olha-me confusa e impaciente. Chego-me à beira dela. "boa tarde eu gostava de ter uma informação" "boa tarde, diga, em que posso ajudá-lo" "queria saber a morada da aluna Héstia Roberts" "porque acha que lhe irei dar essa informação?" "porque sou namorado dela e quero fazer-lhe uma surpresa" "não acredito nisso" fico indignado "ai não, porque? Fique sabendo que toda a gente diz que ficamos perfeitinhos juntos!" "agora foi mais convincente. E parece gostar muito dela. Esse brilhinho no olhar de jovem apaixonado não engana ninguém!" sorriu procurando o processo da héstia. Eu fico confuso. Eu não gosto dela. Não tenho brilho nenhum no olhar e ela tá tola. Mas olha, a burrice dela ajudou-me. "Aqui está menino..." "caniff" sorrio. "menino caniff" assintiu e deu-me o processo dela. Passei os dedos na foto dela, esta encontrava-se sorrindo, um sorriso muito adorável, porque nunca a vi sorrir assim? "oh, ela está realmente linda nessa foto" "concordo plenamente" concordo com a senhora de meia idade sorrindo-lhe. Pouso finalmente o olhar no seu número de telemovel. Pego no meu telemóvel pronto para tirar foto. "não pode fazer isso menino" "mas eu posso esquecer-me dela.." vejo a cara dela nada convencida "por favor..?" ui que isto custou a sair "vou permitir só desta vez" tirei a foto e agradeci à senhora abandonando a universidade. Entrei no carro sorrindo. Sou um génio meu deus. Ligo o carro e rapidamente conduzo para casa dela.

Chego lá e toco à campainha e espero.

Quando me é aberta a porta encontro uma Héstia de pijama, olhos inchados, gelado num braço e lenços na mão. E ainda a ouço fungar.

"Que porra estás aqui a fazer Taylor?" "cuidado com a linguagem" ela contorce-se. Boa maneira de começares taylor. Baixo a cabeça. "desculpa-me héstia." digo baixo e rápido. "desculpa, o que disse?" "não precisas de me tratar por você" "mas eu pensei.." "não penses.." "é tudo?" ela prontifica-se a fechar a porta mas eu paro-a com a mão e com o pé. "não, desculpa-me.." digo novamente baixo. "o quê?" "DESCULPA-ME TA BEM? EU NÃO SEI SER ROMANTICO, QUERIDO OU CUIDADOSO. QUANDO EU QUERO ALGO EU GOSTO TE TER ISSO NA HORA. E TU IRRITASTE-ME REJEITANDO-ME!" "agora a culpa é minha?" vejo lágrimas a formarem-se nos olhos dela. "nãonãonãonãonãonão!" "então?" funga. "é minha, unicamente minha. Eu não sei tratar os outros com amor, não faz parte de mim. Eu sou bruto. E eu não faço amor, eu fodo" "hmm" "não dizes nada?" "que é suposto eu dizer?" "que me desculpas?" "desde que não o voltes a fazer" "não faço, eu juro por tudo" digo rapidamente e entusiasmado. "oh, ficaste feliz.." "sim.. mas eu queria fazer-te uma proposta..." "a mim?" diz incrédula. "sim a ti." "então diz." "não pode ser aqui, tem que ser com mais calma e privacidade." "que sugeres?"

Mexo no cabelo e molho os lábios pensando. "Queres jantar comigo hoje?"

Agora era a vez dela de pensar. "sim..." sorrio. "venho buscar-te às oito." ia virar costas quando ela me para. "Espera, e a minha universidade?" "ah isso.." "pode ficar para sábado..?" "sim" fico entusiasmado de novo. "hmm, taylor?" "sim?" "estás a sorrir tanto.." coro. "e coraste!" diz pulando e rindo. "não corei nada" digo meio amuado. "olha" "hum?" digo ainda amuado. "é suposto eu ir bem ou super bem vestida no sábado?" "super bem, e só para mim" "só para ti?" "hm, sim.." "vou pensar no teu caso." sorriu desafiadoramente e beijou-me a bochecha quase indo embora. Puxei-a pelo braço, beijei-lhe o canto da boca e ela corou. E eu fui embora para o meu carro sorrindo.

Que se passa comigo?
Será da maravilhosa proposta que eu pensei?

De qualquer das maneiras, estou ansiando por sábado.

Sorrio enquanto conduzo até minha casa.

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até à próxima!
ps: demorei tanto porque não tenho pc e não sei colocar um novo capítulo no telemóvel :'(
love yaaaa <3
pps: qual acham que é a proposta do caniff? <33
ppps: quem mais morreu com a foto ao lado?

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