VI

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Capítulo 6

Claro que não ia conseguir, taylor é aquela pessoa que chegou para simplesmente remexer com os teus sentimentos, atrapalha-los e deixar-te confusa, fazendo com que as tuas atitudes não correspondam com a tua habitual personalidade.

Não sei bem se ele tem essa noção, ou até mesmo tem orgulho e acha piada quando eu e outras baixamos a guarda.

"No que tanto pensas Héstia?"

"Barbaridades"

"e vais-me dar o prazer de saber que barbaridades são essas?"

"Não.." digo e baixo a cabeça observando os meus dedos. Tenho que pintar as unhas. Solto uma pequena gargalhada pela facilidade que tenho em mudar de assunto, até mentalmente.

Ele olha-me, claramente confuso. "estás-te a rir de mim héstia?" ele olha-me nos olhos assim que levanto a cabeça, fuzilando-me só com o seu poderoso olhar. "não senhor" mordo o lábio com vista a combater o nervosismo - isto é um tique terrível. Eu ou tremo freneticamente a perna (o que é bastante indelicado para fazer em frente ao filho do patrão) ou mordo o lábio.

"penso que não tens noção do quanto isso foi sexy" ele leva a cabeça para trás, fecha os olhos e suspira.

Só aí reparo que estamos num carro e ele supostamente a conduzir mais uma das suas bombas, as quais ele chama de bebés. Mas depois reparo que estamos parados e apenas vejo escuro através das várias janelas do carro. "já agora, chegámos" diz interrompendo-me os pensamentos.

Sai do carro enquanto, de maneira demasiado sensual, bagunça ainda mais o cabelo enquanto entreabre a boca (o que é injusto para mim se quero cumprir a missão de resistir ao filho do patrão demasiado sexy).

Reparo agora que ele provavelmente fez de propósito porque tem mais que perfeita noção do efeito que tem em mim.

Ele abre a porta do meu lado e mostra-me a sua mão, que não hesito em colocar a minha por cima da dele. Mantém a minha mão na dele e entrelaça os nossos dedos. "estás muito tensa, relaxa" com isto começa a acariciar a minha mão como polegar, criando-me, assim, choques internos (os quais não entendo a existência). "não estou tensa senhor, estou perfeitamente normal" "se estivesses normal, não parecias minha submissa" neste momento estou a muito pouco de o mandar calar-se.

Eu tenho a perfeita noção do quanto e de como estou tensa, nervosa e mais uns quantos sentimentos, fazendo assim a tão conhecida "mistura de sentimentos" que até então era desconhecida para mim.

Não quero criar sentimentos ou esperanças por este rapaz, ele é uma ilusão, uma deliciosa ilusão. O que ele quer de mim é só e apenas sexo. Apenas sexo e uma relação descomprometida que eu nem quero, nem posso dar. Para além de sempre que pensei sequer em ter uma relaçãdo meu patro dessas, já sabia que já estava, não só fisicamente, como emocionalmente envolvida até ao meu pescoço. Mas não é só isso, ele é filho do meu patrão e meu colega de trabalho, prometi ao pai dele que não me envolvia ou o deixava tocar-me e ele nunca se envolve, ele não namora, ele não ama. Porque ele não faz amor, ele fode. Eu não posso nem estou preparada para algo assim.

Volto à chamada realidade quando o ouço a abrir a porta de casa dele sem tirar a sua mão da minha.

Lembro-me de que não me vou envolver e arranco a minha mão da dele, deixando-o confuso. Reparo nisso quando ele olha pra mim. Mantenho o olhar firme e encolho os ombros perante a sua expressão. "Está tudo bem Héstia?" diz virando-me para mim já com a porta da sua casa aberta. "Tudo Ótimo taylor" soltei um pequeno sorriso onde apenas esguio os cantos dos meus lábios. "tens a certeza?" diz e avança um passo até mim. "Absoluta" recuo dois passos "Vou apenas fingir que acredito" "ótimo então" ele suspira "bem, entre" coloca-se ao lado da porta dando-me espaço para entrar "ladies first" comprimo os lábios e avanço entrando em sua casa, nada humilde, soltando um pequeno "com a sua licença" enquanto entro e fico parada no seu hall de entrada claramente impressionada e encantada.

Ouço a porta de entrada bater e o braço de taylor na minha cintura com vista a guiar-me mas eu desvio-me dele "e ainda me dizes que estás bem" sorriu de canto vitorioso? "e estou" ele sorri ainda mais deixando-me nervosa. E volta a acontecer a situação de ele avançar um passo e eu recuar dois "então porque foges?" "eu não fujo. Tu é que não respeitas a distância profissional" mordo o lábio em nervosismo. "mas acredita que cada vez mais quero acabar com esta distância que existe entre nós" eu também taylor. "então vais ter que viver com ela" bato a minha mão no seu ombro duas vezes e contorno-o dirigindo-me para a que penso ser a sua sala de estar. "eu não te sou indiferente Héstia, eu sei que também queres. Eu sei que me queres tanto quanto eu te quero" suspiro "Mas não devia" ele sorri maliciosamente "então admites que queres?" Ups. De repente fiquei ainda mais nervosa, se é que era possível. "não, não admito" ele ri "não são coisas da minha cabeça. Eu sei bem quando uma mulher me quer" a coragem atinge-me "pois tens e tiveste tantas que já nem me admiro tu saberes essas coisas" ele mostra-se claramente ofendido. "estás a insinuar alguma coisa Héstia?" "eu não, é o que és. Eu achava que para além dos carros, era o teu orgulho. Não me admirava nada se tivesses uma lista no teto de todas as raparigas que 'comeste'" faço aspas com as mãos. "não achas que estás a abusar?" "tu é que vieste para este lado da conversa" "e tu só continuaste porque quiseste" "tu é que estás ofendido. Eu não pretendo me envolver com um homem assim, não faz nem o meu género, nem o da minha dignidade" ele fica estático a olhar para mim. "nunca mulher me rejeitou, não vais ser a primeira" "ah isso é que vou. Taylor, aprende que eu não vou ser mais um dos teus brinquedos. Eu sou caprichosa e não vou aceitar qualquer um para me satisfazer" "mas eu não sou qualquer um" "passaste a ser qualquer um a partir do momento que és um come todas despreocupado que só se preocupa com o seu umbigo. Eu sei bem qual foi o teu objetivo ao trazer-me aqui. Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei ou quando entrei no teu carro." "ah é? Então que porra ainda estás a fazer?" grita-me na minha cara.

Não demoro a rodar os meus calcanhares e fazer o caminho de volta à sua porta de casa.

Quando vou a abrir a porta sinto a sua mão a parar-me "não vás" ouço-o a sussurrar no meu ouvido. "não taylor, isso não vai acontecer. Eu vou-me embora" afasto-o, abro a porta e saio de sua casa.

Não me vou reduzir a merda. Quero lá saber que ele fique chateado. Quero lá saber se o nosso escritório vai ter uma tensão palpável. Eu não sou um brinquedo porra.

Bom, tou aqui a andar por onde penso ser o caminho para casa.

Quando vou, penso ser, a meio do caminho sinto um carro a parar ao meu lado e acelero o passo. Sinto o carro a acompanhar-me. Ai vidinha!

Olho pro lado e vejo Taylor lá. Refiro os olhos irritada e continuo a andar, ainda mais rápido.

Deixo de sentir o carro dele a seguir-me e sorrio vitoriosa.

Rapidamente senti uns braços fortes a pegarem-me como um saco de batatas e a colocarem-me no seu ombro. Mando-lhe murros e esperneio-me. Ele manda-me uma chapada no rabo e prende mais as minhas pernas. "tá quieta" "porque me estás a agarrar? Larga-me! Taylor! Larga-me!"

ele realmente larga-me, mas no lugar de passageiro do seu carro. Ele senta-se no lugar do condutor tenso e furioso.

A viagem até minha casa é feita em silêncio.

Quando ele para o carro fico surpreendida. "Como sabes onde moro?" "eu sei tudo o que quero sobre ti" O quê? Faço um olhar confuso, muito mesmo. Saio do carro e rapidamente entro em casa.

Vejo-o ir embora através da janela do meu carro.

Mas que dia!

Deito-me na cama a pensar e rapidamente adormeço.

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Aqui está mais um capítulo escrito maior parte dele na escola kkk

só eu é que morro com o messy hair do taylor?

Avocation - TC.Onde histórias criam vida. Descubra agora