Adeline Montenegro
— Afinal, o que aconteceu pra você tá com essa cara? — perguntei pela milésima vez para minha amiga desde que chegou em casa estava com um mau humor horrível. Até que falei do jantar na casa de Otávio, seu astral deu uma melhorada.
— Nada — respondeu a mesma resposta das outras vezes que tinha perguntado — Só deu tudo errado hoje, aliás, Apollo tinha dito 15 minutos, mas já fazem 20 minutos.
— Na verdade, Otávio, falou que ele chegava em 15 minutos — digo, Apolo vinha nos buscar para o tal jantar. E Emília tinha razão, ele estava atrasado.
— Você quer dizer o Tavin? — questionou, ela torceu o nariz em sinal de reprovação. Decidi ignorar.
— Sim.
— Vocês estão bastante próximos desde que se conheceram, ele namora a Lí...
— Somos só amigos, Emy. E Eu não vou deixar passar disso — digo, cortando sua fala — E ele não namora a Lívia.
— Como você sabe que eles não namoram? Por acaso vocês trocam confidências agora — retruca, com um tom ácido.
— Ele me disse, por que mentiria? — sei que parecia um pouco ingênuo, mas eu gostava de pensar que estava dizendo a verdade.
Emília ia retrucar, mas foi interrompida com a buzina do carro. Finalmente, Apollo havia chegado para me do interrogatório. Ele estava dirigindo, com alguém sentado no banco da frente, que não reconheci, e Barreto atrás. Emília me puxou para entrar no carro, me deixando no meio.
Barreto me abraçou de lado, me pegando de surpresa. Ele era caloroso.
— Que perfume bom, qual é esse? — perguntou.
— Colônia de bebê — respondi, o que fez todos me olharem. Até que reconheci quem estava sentado na frente — Léo? — digo, soltei uma risada de surpresa.
— E aí, gata das câmeras? — ele também sorria, mas não estava surpreso em mim ver de novo. Talvez porque me reconheceu primeiro — Tá sumida.
— Vocês se conhecem? — Emília e Apolo perguntam em uníssono.
— Aham, fui em um show dele uma vez — expliquei.
— Nós ficamos... amigos — ele me lança uma piscadinha.
— Que coincidência — disse Apollo, ele dar partida no carro.
— Por que você nunca disse que era amiga desse delicinha? — Emília sussurrou no meu ouvido.
Bem, nós não somos amigos.
— Sei lá, esqueci de falar.
— Esse aquele da Natura? — olhei sem entender pra Barreto, até que me toquei. Soltei uma risadinha.
— Sim, eu amo.
Não levou muito para chegarmos no local, ou melhor, à casa de Otávio. Confesso que estava ansiosa pra vê-lo. Quero saber qual será sua reação quando fizer minha proposta.
— E aí, rapaziada — diz uma voz, logo à porta. Eles fazem um toque de mão. Eu acabo ficando por último, por fim, vejo o meliante.
— Como vai, Otávio? — digo. Quando ia levantar minha mão para cumprimenta com um toque, ele me surpreende beijando minha testa.
— Oi, amor.
— Você é cheio de surpresas, garoto.
Ele sorri negando com a cabeça.
— Vem, tem uma galerinha aqui que falta você conhecer.
Realmente alguns rostos que eu não conhecia estavam ali. Kakau estava abraçada em um garoto que devia seu namorado, quando ela me ver corre em minha direção. Sinto que fiz uma amiga.
— Oi, Kauane.
— Deixa disso, é Kakau.
— Desculpa, Kakau. Que esmalte lindo — elogiei sua unha pintada de vermelho.
— Ah, Obrigada — sorri animada.
— E você deve ser a Adeline. Deixa eu dizer, esse mané aqui — disse, apontando para Otávio. O mesmo carinha que abraçava Kakau quando cheguei — Não parava de falar de você.
— Cala a boca, seu lixo. — resmungou Tavin.
— Bem, espero que tenha falado coisas boas. Prazer, Adeline.
— Jotapê, namorado dessa linda mulher — disse ele. Elogiando Kakau vejo a forma boba que ela o olha.
— Vamo' deixar os bobões sozinhos — Otávio segura a minha mão e guia em direção aos outros.
Conheci Neo, Tiago, Bmo. Todos eles eram tão legais, eu estava mais tranquila também. Mesmo quando Lúcia quase surtou mais cedo, dizendo ela, eu e Lorenzo não estávamos entrosados.
Notei que Emília e Leozin estavam conversando. Ela não perdia mesmo tempo.
— Vamo' ali? — Tavin sussurrou. Estávamos sentados lado a lado.
— Por quê? — me virei para encará-lo, sorri curiosa.
— Pegar água.
— Tem água aqui... — antes que terminasse, recebi um tapinha de Kakau dando a entender pra que eu fosse — Vamos então.
Ninguém percebeu que estávamos saindo. Segui ele, pelo caminho oposto do que seria a cozinha. Quando vi, entrei no seu quarto.
Dessa vez, o quarto estava sem garrafas, aparentando ter sido limpo há pouco tempo. Deu até vergonha de lembrar do meu.
— Nossa, alguém resolveu limpar esse chiqueiro — falei. Ele soltou uma risadinha.
— Sabe, eu queria impressionar uma garota quando ela veio a primeira vez aqui. Mas essa garota não gostou da decoração. Então, pensei como eu posso tirar essa má impressão? — brincou ele, me olhando com um sorriso.
— Certo, me conta mais sobre isso — digo no mesmo tom, enquanto me aproximo da varanda. Nunca esqueci a vista linda dali.
— Ela ficou muito brava comigo. Jurava, que eu nunca mais a veria. Mas o destino foi generoso comigo e a trouxe de volta. Agora, tá aqui comigo, admirando as rosas do jardim — Ele fica do meu lado esquerdo, mas prestava atenção em mim.
— Eu gostei muito. Você é bom em contar histórias, Cantor. Por isso, eu quero te convidar para uma também — digo, encarando-o de volta, enquanto um leve vento soprava em nossos rostos. Ele me olhou curioso, aposto que nem imaginava o que era.
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Rosas e Rimas - Tavin Mc
FanfictionAdeline Montenegro é uma atriz mirim que cresceu em frente as telinhas sempre fez novelas e filmes de grande sucesso, um talento nunca visto. Todos apontavam como a grande promessa da atuação, rodeada de pessoas, câmeras e paparazzis. Em seu auge co...