012/Briga de terra com mendigo.

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Tudo parecia em caos

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Tudo parecia em caos. O antigo clima animado da prisão havia se extinguido por completo. 

Outras pessoas estavam começando a ficar doentes, o que me assustava com a possibilidade de perder mais pessoas. Já não foram o bastante.

Uma das partes mais difíceis foi ficar longe do meu mini Cowboy. 

Rick proibiu completamente qualquer tipo de contato enquanto estivesse com risco de ter contraído algo. 

Sei que ele está fazendo isso apenas para proteger a família dele. Mas não consigo deixar de sentir raiva por estar longe, mas meu medo de ser responsável e por ferir ele é maior.

O mais novo tentou entrar em contato comigo algumas vezes. Indo até a nova cela que me haviam colocado ou chegando de fininho e aparecendo do nada quando não tinha ninguém por perto. 

Afastei ele de todas as tentativas de contato que possam ter colocado ele em risco. 

No momento estava andando pela prisão tentando fugir dele, mesmo que fosse o oposto do que eu gostaria. 

Pude ver ao longe Darly começando a cavar as covas. Mesmo que não gostasse da tarefa ou do homem, decidi me juntar.

Talvez assim possa ser útil em alguma coisa.

-Tem alguma pá sobrando?- Perguntei já perto do homem que me virou para olhar surpreso pela minha presença. 

-Não acho que seja um trabalho bom pra você pirralho.

-Talvez não seja mesmo, mas quero ajudar em algo. E alguém tem que te ensinar como cavar uma cova decente. A sua parece um buraco de ratos.- Digo provocando enquanto coloco uma máscara no rosto e pulo dentro da cova que ele estava cavando e estendo uma mão para ele me entregar a pá.

Ele reclama e fecha a cara, mas logo a entrega de má vontade e começamos ambos a trabalhar cavando as covas em silêncio.

Não sei dizer ao certo quanto tempo se passou, provavelmente mais de algumas horas. Eu já estava ficando suado pelo esforço físico mas não diminuía o ritmo querendo acabar o mais rápido possível.

Nenhum de nós tivemos a iniciativa de falar nada. Não podíamos dizer que tínhamos alguma amizade, nesse tempo que estivemos na prisão conversamos poucas vezes e sinto receio em ficar perto do homem desde o momento em que soube de quem ele era irmão. Mas para a sanidade de todos infelizmente preciso suportar a presença dele.

Estávamos quase finalizando mais uma cova e iríamos começar a cavar outra assim que terminássemos. 

Eram muitos corpos, de vários tamanhos, desde grandes homens adultos até crianças pequenas, todos agora mortos da mesma maneira brutal. 

Pensar nisso faz meu coração apertar. Não queria estar aqui, mas… já não pude fazer nada para impedir que eles morressem, o mínimo que posso fazer é dar a eles um pouco de paz após a morte.

ABRIGO [(twd)]Onde histórias criam vida. Descubra agora