ABRIGO [(twd)]

014/Ele pediu pra dar pra você

Abrir os olhos foi uma tarefa árdua, eles estavam pesados e cansados como se lutassem e implorassem ao meu corpo voltar a dormir.

Mas com esforço consegui abrir ligeiramente, olhando para ao meu redor, sem forças para levantar da cama onde estava. Podia ver as pessoas ao redor da cela, havia muito mais pessoas do que eu achava que poderiam ficar aqui, todas acabadas, tossindo e a maioria fracas demais para tentar fazer alguma coisa.

Cheguei até a tentar reunir forças para me levantar, mas isso me deu uma forte tontura que quase me fez cair da cama, impedido apenas por um par de mãos que segurava o meu corpo.

-Olha, finalmente decidiu acordar? - Glenn falou me olhando com um sorriso enquanto me colocava de volta na cama.

-Não, imagina irmão. Tô dormindo ainda não tá vendo.- O mais velho apenas riu. Mas não por muito tempo antes do mesmo começar a ter uma crise de tosse, quase fazendo um pouco de catarro voar.

Me assustei na hora e sinto meu coração apertar de preocupação. Mesmo que já soubesse o que estava acontecendo pelo que havia observado (sei que sou meio burro, mas não tanto assim)

Toco o rosto de Glenn da maneira mais suave que consigo sentindo o calor emanando dela.

-Desculpa…- Murmuro baixo e o mais velho parecia confuso.

-Te desculpar pelo que Sammy? Você não fez nada errado pequeno.

-Me desculpa- Sabia que não era responsável pela doença, mas por algum motivo, não conseguia deixar de me desculpar.

Me sentia culpado, as lágrimas deixavam isso transparecer bem. Mas talvez a culpa desse momento não fosse apenas pela doença, mas por tudo. E ele sabia.

Meu irmão não falava nada, ele não é completamente burro como parece, sabe que falar não adiantaria nada nesse momento.
Fico apenas com a presença silenciosa e reconfortante ao meu lado.

Minha atenção se volta para o barulho da porta abrindo e um senhor de idade entrando.

-Oh, vejo que acordou garoto, estava demorado.- Hershel fala com a voz gentil de sempre enquanto se aproximava de nós.

-Eai vovó. - Mexo uma mão em comprimento ao senhor fazendo questão de sorrir alegremente para ele mesmo ainda me sentindo fraco.

-Sinto muito por atrapalhar o momento entre irmãos, será breve. Mas preciso fazer uns exames no pequeno agora que já está acordado. - Ele diz e eu concordo com a cabeça e meu Irmão se afasta do lugar mas não antes de similar que voltaria em breve, e apenas faço um simples movimento em concordância.

O Velho se aproxima e eu me sento mais na beirada da cama da maneira mais reta possível para facilitar o trabalho do homem.

Ele pega uma pequena pequena lanterna verde de brinquedo quebrada que deviam ter achado jogada por aí. Mas iluminava de maneira igual a de uma de verdade.