FreenBecky • Sou bem mas que sua Friend • Vision

Capítulo: 30 ✓

Freen narrando

Então veio o dia e o sol, não dormi aquela noite, a Samantha dormiu na sala,e eu resolvi subir pro quarto e chorar as minhas dores,pensei e repensei o que tinha feito, não achei mal naquilo, se a Becky realmente me amasse, teria vindo assim que tudo aconteceu, mas ela só apareceu dois meses depois, mas se ela me amasse, e eu tivesse acaba do com tudo, teria feito o melhor pra nós, ela não sofreria tanto, ia muito além do que nós duas, existia a mãe dela, e outras pessoas também, não sei se por amor a mim, ela largaria tudo pra viver comigo, mas eu sei, que largaria tudo por ela, eu realmente tinha colocado um fim em tudo aquilo, no sofrimento, e no amor também, não teria mais volta, eu sabia, eu tinha certeza, então o melhor, era esquecer, fingir que nada aconteceu, por melhor que tenha sido, pois a Rebecca era o meu maior, e melhor amor, e por mais que eu tentasse, eu não conseguia e não queria apagar ela da minha memória e do meu coração,eu sabia que se não fosse ela não seria mais ninguém, em toda a minha vida.

Tinha acabado pra sempre,e sempre é uma palavra tão forte,independente do momento em que é usada,e ainda mais um sempre, onde duas vidas são separadas,eu chorei, e senti algo apertar o coração,mas eu repetia na minha cabeça ... '' foi pro nosso bem...''

Amanheceu, eminha mãe estava sentada ao meu lado na cama, abri os olhos e vi que ela dormia, devia estar ali faz tempo, a Samantha com certeza deve ter contado tudo à ela.

- Mamãe ? - eu disse sacudindo ela devagar, ela acordou e me olhou, ficamos assim a ter acordamos de verdade, ela não sorriu, mas me abraçou forte, não precisamos dizer uma só palavra, tudo se resumia no nosso abraço, contei como tudo havia acontecido.

- Você e a sua mania de não perdoar... - ela parecia chateada com a minha decisão, e disse que eu não havia sido lógica no que fiz.

- Você a ama ? - eu sabia exatamente o que ela ia falar.
- Mãe, não depende só de mim, depende dela também, ela não teria coragem...

- Você sabe ler mentes ? - eu amava e odiava o jeito como minha mãe me chamava a atenção, subliminarmente.

- Não ...

- Então como pode saber que ela não seria capaz ? - eu não podia falar, aquela era a hora em que eu me calava e ouvia, e depois refletia, mas eu não podia refletir, eu sabia que mamãe estava certa, então eu teria que voltar atrás, e seria a minha vez de pedir perdão, e eu não podia, eu tentei me esconder.

- Vamos tomar café ? -ela sorriu, sabia que estava disfarçando, então insistiu no assunto.

- Vamos.

Deixei que ela saísse primeiro, respirei e a acompanhei, tinha que cessar, estava acabado.
Descemos para o café, Ingrid estava no quarto de minha mãe, pude observar quando passamos por ele, Samantha estava sentada na mesa devorando alguns pedaços de bolo, me fazia sorrir aquela menina, mas naquele momento não conseguiu.

- Bom dia flor do dia... - ela disse, embora eu quisesse, embora meu sorriso fosse automático a voz dela e sua presença eu não consegui sorrir,mas respondi.

- Bom dia... - me sentei à mesa junto a ela,e ela percebeu,o quanto estava doendo,sou transparente se tratando dos sentimentos,e a Samantha é esperta,capta tudo,ela queria dizer algo, mas o momento não deixava, digo que seria um conselho, mas eu preferia um gesto,uma abraço, ele não veio, comíamos e ela olhava fixamente pra mim, eu continuava com os olhos na comida.

- Olha, eu vou te deixar em paz ta bem ? - ela se levantou, mas eu pedi que ficasse, e ela ainda ficou parada indecisa, entre ficar e perguntar coisas ou sair e me deixar chorar.

- Têm certeza ?

- Sim. - como esperado...

- Como foi ? - disse sentando na mesa novamente.

- Não quero falar sobre isso...

- Huum... ok. - eu levantei os olhos pra ela, e percebi que a Samantha não curava a minha dor, o que fazia aquilo passar, era eu mesma, eu não precisava da Samantha Morfina, eu precisava de mim mesma, enquanto as coisas pareciam estar bem entre minha mãe e Ingrid,pra mim tudo estava mal,mas passaria.

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Não sei quanto tempo desde o fim, e do meu novo começo, mas sei que faz muito tempo, não doía mais, só de noite, não me lembrava mais da textura do beijo dela, mas eu ainda conseguia reproduzir as sensações, por mais fajutas que fossem, sabia muito bem que só conseguiria de verdade.