Raiva
Raiva.
Sentimento de irritação, ódio expressão de aversão ou relutância,
frustração, sensação de repugnância, repulsão.
Esse é o significado literal de raiva.
Mas posso garantir que nem de perto é oque estava sentindo.
Eu engoli várias coisas.
Minha mãe morreu? Engoli. Meu pai morreu? Engoli. Estou
sozinha no mundo? Engoli. Tenho 20 anos e por não sair desse
inferno não tenho amigos? Engoli. Minha tutora legal é uma
megera? Engoli. Sou tratada como empregada mesmo sendo a
dona dessa merda toda? Engoli...OK, talvez eu esteja exagerando em algumas partes, mas eu tenho
total direto de ser dramática, sou adolescente.Nem fugir eu consigo!
- Qual é o seu problema comigo?! Diz! - eu sentia meu rosto
quente, eu não costumava surtar com frequência mais quando
isso aconteceia eu soltava simplesmente tudo para fora, e era o
que eu estava prestes a fazer nesse exato momento, meu coração
estava acelerado e meus punhos cerrados embaixo da mão de
Yoko que continuava sentada sobre meu quadril, me olhando
com um sorrisinho oque me deixou com mais raiva - Fala sua
desgraçada! Porque você não me deixa em paz?! Você tem toda
essa merda por MINHA causa! Custa me deixar em paz?! Você
tinha que invadir até aqui?! Que é o único lugar que eu estou livre
de você?!Exagerado? Talvez, mas sou uma adolescente de 21 anos (ou
quase) estou no meu direito de me sentir revoltada com o mundo
além do mais é fácil destinar seu ódio a uma pessoa apenas, jogar
todas suas frustações nessa pessoa e a culpar como se fosse culpadela todas as suas tristezas, parece injusto e é realmente, mas eu
só queria explodir e jogar tudo fora para ver se me sentia melhor.Yoko não merecia em parte, e nas próximas horas eu me
sentiria culpada por ter dito isso para ela, não que eu estivesse me
importando agora, claro.Ela segura minhas mãos somente com uma das delas e a outra ela
levou até meu queixo do qual ela aperta com força.Estranhamente isso me fez sentir quente, desconfortável e corada,
coisas que aconteciam com frequência na presença dela, e isso me
deixava com mais ranço dela, não entender coisas que estavam
acontecendo ultimamente comigo, em relação a Yoko era oque
mais me frustrava e eu culpava ela por ser tão bonita e estar me
confundindo.- Olha aqui bonitinha, eu não tenho "tudo" isso por sua causa!
Você não quer ficar comigo, é? Quer virar uma mendiga? Se sim
me diz que resolvo isso agora, você fica em um barraco qualquer, tudo bem? Já que eu perdi tempo
da minha vida pra cuidar de você e você nem ao menos me
agradece! Eu cuido da merda dos teus negócios para quando você
completar 23 tenha algo, não está bom?! - ela estava me fuzilando
com os olhos, consegui deixar ela puta e olha que Yoko (apesar
dela negar) tem uma paciência infinita em relação a mim.- Não, não está bom! Não é suficiente para agradecer você eu
limpar teu chão?! - eu fazia isso como forma de castigo, por eu
ser uma pessoa predispostas a receber castigos isso era algo já
comum na minha rotina, mas eu não estava ligando pra isso,
só queria atingir ela, aproximei meu rosto dela, travando ainda
nossa pequena guerra de olhares, ficando a centímetros do rosto
angelical da demoníaca madrasta que eu chamo de minha.Vi sua expressão superior e determinada falhar por um momento,
esse momento do qual juro que seus olhos vacilaram olhando
meus lábios e ela engoliu em seco, mas logo ela se recompôs e
olhou no fundo dos meus olhos se aproximando a ponto de sua
respiração descompassada bater no meu rosto e seu nariz tocar
no meu.Prendi minha respiração e meu coração estava acelerado, eu
deveria acertar um belo chute nela de alguma forma ou tentar
reverter nossas posições, mas eu me sentia hipnotizada pela
proximidade, a respiração quente contra meu rosto um tanto
desregulada estava contribuindo para eu me sentir assim.Porra! Porque estou assim?
- Você está na minha tutela! Faz o que eu quiser! Se eu quiser que
você faça minhas unhas você vai fazer, está me ouvindo? Porque
quem manda aqui sou eu,Faye! - ela se inclinou para mais perto
de mim me fazendo fechar os olhos esperando por algo que nem
eu sei oque diabos era, mas logo os abri novamente quando a
senti sair de cima de mim me possibilitando respirar
- Coloca uma roupa - já de pé disse me olhando, me sentei respirando pesado
olhando ela fixamente - rápido, estou lá fora esperando você junto
a um segurança me lança um último olhar intenso e subiu para a
saida.Quando ela saiu eu peguei o travesseiro e enterrei meu rosto ali
gritando abafado.
Eu odeio tanto ela! Não vejo a hora de poder sair desse inferno.
E nunca mais precisar olhar para ela.
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A Má-dastra(Fayeyoko)
FanfictionEla era minha "amada" madrasta. Não confie nas aparências, descobri isso da pior forma. +18 ⚫ADAPTAÇÃO. Essa história NÃO é de minha autoria. Todos os créditos a autora original: @Arcoiris Jauregui © Todos os Diretos Reservados