Encrenca

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Minha cabeça estava rodando.

Eu estava tão morta que queria dormir o dia inteiro.

Mas fui obrigada a me levantar quando senti minha barriga se
contraindo em um incômodo dolorido.

Me levantei num pulo e fui até o vaso sanitário só tendo tempo de
me abaixar e levantar a tampa antes de soltar tudo para fora.

Vários jatos de vômito saiam da minha boca.

Após um bom tempo limpei minha boca e deitei na cama.

Flashes do que fiz ontem vieram a minha mente e meu coração se
apertou de vergonha alheia de mim mesma.

Ignorei porque eu estava me sentindo horrível e voltei a dormir,
acordei ainda com enjoo as 14:00 horas, me sentei sobre a cama e
coloquei as mãos sobre o rosto.

Imagens minhas dançando em cima da mesa e virando cachaça
vieram a minha mente. Imagens de uma eu totalmente bêbada
dizendo para Plaifah que ela  era gostosa. Imagens minhas caindo
de bunda na lama com Charlotte me acompanhando. Chorei quando
lembrei que eu cantei uma música japonesa, e eu nem sei falar
Japonês, eu fiz uma dança louca com uma garota que eu não
sei quem é, no banheiro eu falei de Yoko,YOKO para uma
estranha. Nem lembro oque disse mas era sobre ela.

A última coisa que me lembro é de rir muito quando a Engfa puta
com a Charlotte por estar com ciúmes virou a mão na cara dela e a
Charlotte olhando para mim e dizendo que eu tinha uma irmã gêmea.

-Ah! - soltei quando vi que eu estava pelada.
Merda!

Como eu estou pelada? Como eu cheguei aqui? onde eu estou?!!
Ahhhh no meu quarto, respirei aliviada.

Porquê eu estou pelada? Porque eu estou viva?! Yoko não me
matou ainda? Estou no céu?
Ou estou no inferno onde estou presa num lupe temporário
destinada a viver para sempre com minhas lembranças de ontem?
A resposta mais óbvia era que Yoko estava esperando eu ficar
sóbria para ter o gosto de ver meu sofrimento completo sem eu
estar anestesiada pelo álcool.

Quando ouço o barulho de passos no corredor eu rapidamente
me cubro até a cabeça com o cobertor determinada a fingir que
continuo dormindo para evitar meu triste fim inevitável.

A porta se abre e após alguns segundos se fechou novamente.

Após esperar um pouco para ter segurança que estava sozinha
novamente eu tomei um banho e coloquei uma calça de moletom
com uma camiseta, não adiantava adiar o inevitável, não é?
Após arrumar o meu quarto, abrir as janelas, me sento sobre a
cama esperando Yoko entrar, minhas unhas não existiam mais
e eu estava com o cu na mão.

Por sorte tinha uma garrafa de água junto a um comprimido, que
misteriosamente foi parar sobre minha cômoda, estava no meu
quarto, tomei ela num gole só, após algum tempo toda a minha
ressaca tinha acabado.

Peguei meu notebook e baixei um aplicativo de mensagens como
Charlotte tinha me aconselhado, o mesmo estava quase com teias
de aranha de tanto tempo que não tinha uso, aqui tinha internet
obviamente, mas eu como não tinha amigos sempre preferi meus
livros, após fazer o download e me conectar com Charlotte estava
prestes mandar uma mensagem para minha amiga, para saber
como ela estava, se estava viva, mas então a porta do meu quarto
é aberta abruptamente revelando uma Yoko com a cara nada
boa.

- Precisamos conversar, mocinha - ela disse, com o maxilar
cerrado.

Eu estava tão lascada.

Minhas mãos estavam suando.

A Má-dastra(Fayeyoko)Onde histórias criam vida. Descubra agora