Inimigo ao lado - narusasu

13 - Aluna nova

Naruto

Depois de um banho no vestiário, estamos de volta com o uniforme de antes e indo para o intervalo. O gosto da derrota ainda é amargo, estou torcendo para o Sasuke esquecer disso.

- Até mais, perdedor - ele diz ao passar por mim, me dando uma piscadela.

Bufo irritado. Não sei porque tive esperanças.

O intervalo é tranquilo, cada um pro seu lado com sua panelinha, eu e os garotos fazendo baderna na mesa do refeitório, o típico de sempre. Por enquanto...

- Gente - Choji chama nossa atenção de repente - acabei de lembrar, vocês não sabem o que eu descobri.

- Engole a comida primeiro, rolha de poço, depois você fala - Shikamaru.

- Vou cuspir a comida na sua boca se continuar reclamando, seu corno - ele retruca.

Shikamaru faz expressão de nojo fingindo vomitar. Dou risada.

- Conta aí então Nhonho, qual a boa? - Kiba diz, com sua curiosidade exalando.

- Sabe a menina nova? - ele bebe um pouco de suco antes de continuar - fiquei sabendo que ela é cega.

- Sério? - Lee entra no assunto - coitada.

- Cega total? - pergunto.

- Não, não, metade do tempo ela enxerga - Choji ironiza com ignorância.

Jogo uma bolinha de papel na cara dele.

- Legal - Kiba diz sorrindo - vamos zoar ela como? são tantas possibilidades.

- A menina já é cega, você ainda vai querer zoar? - pergunto - não acha que é passar dos limites?

- Ela só não enxerga e daí? - ele dá de ombros - tenho que tratar de um jeito especial agora?

Reviros os olhos, não tem como discutir com ele.

- É Kiba, dessa vez não vai ter como te defender - Lee balança a cabeça.

— Ué, mas você nunca me defendeu, carai.

O Lee é o mais certo do grupo, dentro do nosso parâmetro é claro, o que não é muito, mas o suficiente pra segurar as rédeas de vez em quando.

- Ah qual é gente? - Kiba resmunga - Choji?

- Pode contar comigo.

Ambos sorriem e batem as mãos em acordo. Mudamos de assunto novamente e tudo estava bem até que Sakura, Ino e sua nova apóstola chegam com suas bandejas até nós.

Sakura limpa a garganta para chamar nossa atenção.

- Esse lugar é nosso.

Quando ia me levantar, Kiba me puxa pro banco novamente, como ele está sentado em cima da mesa e bem próximo a mim, não terei escapatória.

- Ta escrito seu nome aqui por acaso, jumenta?

- Vocês sabem muito bem que sentamos aí todo dia.

- Que eu saiba não é assim que patrimônio funciona, você deveria saber, não é dona de vários? - ele retruca cinicamente - ah não, na verdade seu pai é.

- Hm - ela não se abala, empinando o nariz com um sorriso confiante - pelo menos no meu caso é só questão de tempo, já seu pai vai te deixar o que? uma dívida em todos os puteiros da cidade? Isso se deixar algo.

Kiba rosna em resposta, os únicos que podem falar da vida dele somos nós, o resto ele se importa e muito. Sei como ficou irritado e coloco a mão em seu braço pedindo um pouco de paciência.