Não era para Erick estar ali. Para alguém que pretendia chamar o mínimo de atenção possível, aquele bar aleatório seria o pior local para passar despercebido. Isso porque não havia como fugir dos avanços daquele barman atrevido, que não fazia cerimô...
Oi pessoal. Eu sei que alguns estão tendo um pouco de trabalho com os textos em inglês no meio da narrativa. Nas minhas notas, eu tentei explicar que fiz isso de modo intencional, para gerar uma imersão maior nesse contexto de convívio com pessoas que falam outros idiomas. Imagine o quanto Erick às vezes se sente confuso com nossas gírias e trejeitos, e eu quis introduzir essa sensação no leitor. Talvez seja uma decisão duvidosa, mas foi uma escolha baseada nas loucuras da minha própria cabeça. A legendinha está no final do capítulo, mesmo assim, eu tento fazer entender pelo contexto. Tenham paciência com meu gringo, ele está aprendendo aos poucos. Tenham paciência comigo, eu também estou! Boa leitura!!
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— Como é ser gay nas Forças Armadas Americanas?
Parei com o sabonete a caminho do peito e o encarei. Estávamos ambos sob a água do chuveiro, num box super apertado, que eu preferiria não ter que dividir, mas Viki invadiu meu banho logo após já ter tomado o próprio banho.
— Um pouco mais complicado do que em outros lugares, eu acho.
— Tem muito preconceito?
— De certa forma. Depende muito do quão a sério a gente leva as chacotas maquiadas de bom-humor, e de como a gente se comporta lá dentro.
— Do grau de piranhice?
— Tipo isso.
— Você era piranha?
Eu ri, empurrando-o de sob a ducha para me enxaguar.
— Definitivamente, não.
— Como você fazia para... sei lá, passar a vontade? Imagino como era, ver aquele monte de homem malhado e gostoso o dia inteiro, isolado num lugar... ai que delícia!
— Eu não tinha muita vontade, se quer saber. Não dava muito pra pensar nessas coisas quando estávamos em incursões.
— Você é muito sossegado... Já pegou algum soldado?
— Ah, já. Alguns.
— Ai que tesão!
Puxei-o de encontro a mim e lhe dei um selinho. A vontade de começar um segundo round me surpreendeu, e eu contive o desejo por um tempo. Precisávamos conversar.
— Você é muito safado! Por que tanta pergunta?
— Quero te conhecer melhor, ué.
— Parece até que quer conhecer meupau melhor; só faz pergunta sobre sexo.
— Ah, sim! Quero desvendar tudo sobre o seu pau — ele fez um movimento com as mãos, imitando um mágico ou algo assim —, mas minha curiosidade é justificada, não é todo dia que me deparo com um pau made in USA.
— Curioso, hm? Acha que ele goza em inglês?
— Ai, que tudo! Porra internacional, tô podendo!
Eu dei outra gargalhada. Notei como isso vinha se repetido muito ultimamente.