024 - Hospital Wing

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— Gabi?

A voz baixa a chamou, e ela imediatamente reconheceu quem era. Seus olhos se abriram, ainda meio sonolentos.

— Harry? — perguntou, sentou-se rapidamente enquanto o procurava ao seu redor.

— Ei, calma. Estou aqui. — ele segurou sua mão, guiando-a gentilmente para que se deitasse novamente.

Gabriela tentou se lembrar de tudo que havia acontecido antes de desmaiar. As memórias vieram em flashes, trazendo consigo muitas dúvidas.

— O que aconteceu? E a Pedra... Quirrell! Eles pegaram ele? Temos que...

— Gabi, por favor, se acalme. — Harry interrompeu, a voz suave e tranquilizadora. — Quirrell não conseguiu pegar a Pedra.

— Então quem pegou?

— Gabi, por favor se acalme. Se Madame Pomfrey ver você agitada assim vai me expulsar.

Gabriela piscou, finalmente notando o ambiente ao seu redor. Estava na Ala Hospitalar de Hogwarts, deitada em uma cama com lençóis brancos de linho. Ao lado, uma mesa estava abarrotada de presentes e doces.

— Isso tudo é meu? — perguntou surpresa.

— Presentes seus e dos seus amigos. — Harry sorriu ao responder.

Um sorriso se formou no rosto dela ao perceber a gentileza de seus colegas.

— Há quanto tempo estou aqui? — perguntou curiosa.

— Três dias. Eu mesmo só acordei há algumas horas. Você não imagina o quanto todos ficaram preocupados.

— Está exagerando.

— Não estou. Seus amigos da Sonserina quase levaram uma detenção tentando entrar aqui sem permissão. Ainda por cima, discutiram com Madame Pomfrey.

Gabriela riu, imaginando a cena.

— Mas, Hazz... a Pedra...

— Ela foi destruída e...

— Mas e Nicolau Flamel? — ela o interrompeu.

— Dumbledore conversou com ele. Decidiram que seria o melhor. Ele viverá mais um pouco, mas eventualmente... — Harry hesitou, escolhendo as palavras. — Eventualmente, ele partirá.

Gabriela suspirou, absorvendo a informação.

— Mas como a Pedra foi parar com você, Harry?

— Dumbledore explicou que só poderia pegá-la quem não tivesse a intenção de usá-la. Por isso, ela apareceu no meu bolso. — respondeu.

— Então... Voldemort morreu para sempre? — perguntou, um sorriso esperançoso iluminando seu rosto.

Harry hesitou novamente, olhando-a nos olhos.

— Eu não sei. Dumbledore disse que talvez existam outros jeitos para ele voltar... mas eu espero que não.

O sorriso de Gabriela desapareceu, substituído por uma expressão preocupada.

— Ah... — ela murmurou. — Mas e você Harry, está tudo bem?

— Estou, sim. Um pouco dolorido, mas nada grave. — ele garantiu. — E, enquanto conversávamos, Dumbledore me disse algo que eu nunca imaginei.

— O quê? — ela perguntou curiosa.

— Quando nossa mãe se sacrificou por nós, ela nos deixou uma marca. Algo que está dentro de nós.

— Mas só você tem uma marca, Harry. Eu não...

— Não a minha cicatriz. — Harry a interrompeu. — É uma marca que ninguém pode ver, algo entranhado na nossa pele.

NIGHTMARE, draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora