9- É real.

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Max P.O.V

Minutos já se passaram, e eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Eu continuo chorando descontroladamente, sentindo a dor absurda que parece se espalhar cada vez mais pelo lado esquerdo do meu rosto.

Eu fico repassando aquela cena na minha cabeça por diversas, e diversas vezes.

Assim que nós chegamos em casa, Billy me arrancou do carro à força, abriu a porta de casa e começou a dar tapas e mais tapas fortes no meu rosto, em seguida ele me jogou no chão. E nisso, eu acabei batendo as minhas costelas na quina da mesa de centro. Eu fiquei com tanta dor que não consegui me levantar de imediato, eu passei muito tempo me contorcendo no chão. E ainda por cima, ele aproveitou o meu momento de fraqueza, para poder quebrar meu skate ao meio. E como se não bastasse, ele ainda ficou me xingando, só parou quando se deu por satisfeito e foi para o quarto dele, me deixando jogada no tapete felpudo da sala.

Eu precisei me arrastar para conseguir chegar no meu quarto, mas eu sequer consegui subir na cama. Eu estou sentada no chão com a porta trancada, tentando parar de chorar e consertar o meu skate com fita isolante.

Enquanto eu estou sofrendo tanto psicologicamente, quanto fisicamente, para o Billy nada aconteceu e ele ainda acha que fez certo em me agredir, tanto que agora ele está na sala fazendo seus exercícios e ouvindo música alta.

Eu suspirei pesadamente, desistindo de arrumar o meu skate quebrado e passei a enxugar minhas lágrimas. O estrago já está feito, e não há como consertar. No segundo seguinte, eu escutei a campainha tocar, mas nem me movimentei. Billy está na sala, então ele que se levante e abra a porta. Fora que eu não estou me aguentando de dor.

- Max! - Billy gritou, me fazendo resmungar. - Sai desse quarto e vem logo abrir a porra dessa porta, senão eu juro que arrebento você de novo.

- Meu Deus, mas que inferno. - eu resmunguei, pois eu mal consigo me manter de pé, e esse idiota ainda quer que eu me levante e ande por aí. - Esse cara não me deixa em paz.

Eu me levantei da cama, sem pressa, e fui mancando em direção à porta do meu quarto, a destranquei e saí.

- Faça me o favor né. - Billy resmungou, quando eu passei por ele segurando o lado onde as minhas costelas estão machucadas. Eu apenas o ignorei.

Assim que abri a porta da sala, dei de cara com Lucas e a S/n. Eu arregalei os olhos e fechei a porta atrás de mim, impedindo que Billy visse os dois.

- O que vocês estão fazendo aqui? - eu perguntei, nervosa e com medo de apanhar de novo pelo fato deles estarem aqui.

- Liz, você está toda machucada. - S/n observou com espanto, ela até tentou tocar a minha bochecha, mas eu me esquivei. O toque dela, por mais delicado que fosse, iria irritar a área sensível. - Foi o seu irmão que fez isso com você?

- Isso não importa. - eu murmurei, não querendo relembrar isso novamente. - E aí, vocês dois vão me explicar o que vieram fazer aqui ou não?

- Eu tenho provas. - Lucas me respondeu. - Mas, você precisa vir conosco, agora.

- Que tipo de provas? - eu perguntei, desconfiada.

- Só vem com a gente. - S/n pediu, fazendo um biquinho manhoso.

Eu revirei os olhos, diante da tamanha chantagem dela, pois ela sabe muito bem que assim eu não consigo resistir.

- Vocês dois, vão para os fundos, vou sair pela janela do meu quarto. - eu informei, antes de entrar em casa de novo.

E no exato minuto em que eu entrei novamente, dei de cara com o Billy. Eu engoli em seco, sentindo meu corpo todo ficando gelado. As minhas pernas e mãos ficaram trêmulas de medo.

Minha Outra Metade. (Max Mayfield/You G!P).Onde histórias criam vida. Descubra agora