Max P.O.V
- Ei, você está bem? - eu perguntei preocupada, ao perceber o estado perturbado em que a S/N se encontrava.
- E-eu não posso ficar aqui, n-não posso. - ela respondeu, deu para ver que ela tentava respirar desesperadamente, mas não conseguia. - P-preciso sair.
Apressada, S/N pegou sua mochila, que antes estava no chão, e andou em direção a porta. Eu a impedi de sair, parando na frente dela. Suas mãos estavam trêmulas, e seus olhos sequer encontravam os meus, ao invés disso, seus olhos encaravam a porta, como se isso fosse ajudar em alguma coisa.
- P-por favor, me tira daqui.
E-eu p-preciso sair. - S/N implorou, passando uma de suas mãos em sua testa suada.- Tudo bem, se acalma. - eu pedi, ao perceber que ela sequer iria conseguir raciocinar para destrancar a porta sozinha, quanto mais sair andando por aí sem companhia.
Eu peguei minha mochila e o meu skate rapidamente, depois destranquei a porta e a levei para fora. Nós fomos para o pátio, e nos sentamos em um banco afastado, onde não haviam outras pessoas por perto.
Quando se está submersa nesse tipo de situação, chamar a atenção dos outros para si, pode tornar tudo ainda pior. Por isso, eu preferi levá-la para longe de todos. Entretanto, se caso algum desconhecido ousar se aproximar na intenção de tentar fazer gracinha, eu não deixarei que faça nada com ela.
- A m-minha irmã...ela...não. E-eu não consigo respirar. - S/N murmurou ofegante, me fazendo ficar confusa.
- Você quer que eu chame a sua irmã? - eu perguntei, tentando entender o que ela tentava me dizer.
- N-não, e-ela não pode saber que eu estou a-assim. - S/N respondeu, negando com a cabeça várias vezes. - Não, não, não. Isso tudo está acontecendo de novo. Não pode ser.
- Ei, olhe para mim. - eu levei minhas duas mãos para o rosto dela, lhe obrigando a olhar para mim.
S/N parou de divagar, e me olhou nos olhos. Porém, ela ainda estava ofegante e com seus olhos arregalados. Eu comecei a acariciar as bochechas dela com meu polegar.
- Você consegue respirar seguindo o meu ritmo? - eu perguntei, e ela assentiu. - Ótimo, então inspira e expira. - eu instruí, puxando todo o ar dos meus pulmões e depois soltando devagar. S/N também fez. - Isso, agora continua.
Nós repetimos esse exercício algumas vezes, e aos poucos, a respiração dela começou a normalizar. Eu me senti mais aliviada quando percebi a tensão se dissipar de seus ombros.
- Está se sentindo melhor? - eu perguntei preocupada, e ela apenas assentiu parecendo envergonhada. Ela desviou seu olhar do meu. - Não precisa ficar com vergonha.
- Isso foi muito humilhante. - S/N falou, bufando irritada. - Me desculpa.
- Pare de ficar se desculpando assim toda hora, sendo que você nem fez nada. - eu declarei, entrelaçando as nossas mãos. - Você não tem culpa de ter tido um ataque de pânico.
- Eu tenho esses ataques constantemente, e odeio eles. - S/N confessou, olhando para nossas mãos juntas. - E eu só queria que eles parassem.
Eu suspirei pesadamente, tanto por saber dessa informação, quanto por não querer ter que soltar a mão dela novamente pela segunda vez hoje. Eu continuei segurando sua mão. E sorri no exato momento em que S/N acariciou as costas da minha mão, me fazendo voltar a sentir aquele friozinho gostoso no pé da minha barriga.
- Em algum momento, eles vão parar e você vai se sentir em paz. - eu murmurei, olhando para os olhos castanhos dela.
- Assim eu espero. - S/N falou, parecendo desinteressada em ouvir a minha tentativa de levantar o seu ânimo. Ela estava mais interessada em fazer carinho na minha mão, e brincar com os meus dedos.
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Minha Outra Metade. (Max Mayfield/You G!P).
Fanfic"Dizem que quando uma metade finalmente encontra a outra, elas acabam se tornando apenas uma. É inexplicável. E imediato. Não importa quanto tempo leve, em algum momento elas com certeza irão se encontrar."