Max P.O.V
- Chegou cedo. - Billy falou surpreso, ao me ver encostada no capô do seu carro. Eu cheguei antes dele. - Teve algum motivo específico para isso, já que você sempre chega atrasada e eu preciso ficar esperando a boneca?
- Eu só vim te avisar que não vou voltar para casa com você. - eu informei, ignorando todas as provocações dele.
- Como assim? - Billy perguntou, franzindo o cenho confuso. A atitude dele me surpreendeu totalmente, pois ele nunca se importa com o que eu faço, ou deixo de fazer.
- É apenas isso, eu não vou voltar para casa com você. - eu esclareci, e dei de ombros.
E quando eu fiz menção de sair dali, Billy segurou meu braço com força.
- Me solta. - eu grunhi, tentando me soltar daquele aperto.
- É bom que você chegue em casa antes de anoitecer, sua merdinha. - Billy praticamente gritou, apontando seu dedo na minha cara.
Eu fiquei tão assustada, e com medo dele me bater, que eu simplesmente saí correndo depois que ele me soltou. Os meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu me contive, pois não queria acabar chorando na frente dele.
- Ei, o que houve? - S/n perguntou preocupada, ao perceber o meu estado perturbado. - Alguém fez alguma coisa com você?
Eu não consegui responder nada, apenas neguei com a cabeça e deixei as lágrimas escorrerem.
- Max, você está me preocupando. O que aconteceu? - S/n perguntou novamente, e tocou meu rosto com bastante delicadeza. - Me conta.
- N-não, n-nada. - eu respondi com a voz trêmula, enquanto me debulhava descontroladamente em lágrimas.
- Como nada? - S/n insistiu, e pôs-se a enxugar minhas lágrimas com cuidado. - Tudo bem, tudo bem. Se você não quiser me contar, eu não vou forçar.
Eu não conseguia falar, eu não conseguia fazer outra coisa além de chorar descontroladamente. E não era para menos, já que havia muita dor e mágoa guardada dentro de mim. Até agora, eu não havia colocado nenhum sentimento para fora.
- Você quer um abraço? - S/n ofereceu, e eu assenti quase que na mesma hora.
Os braços dela rapidamente me envolveram em um abraço caloroso, onde eu me permiti descansar a minha cabeça em seu peito. Nós duas temos uma diferença de altura que não é tão grande, porém S/n é mais alta que eu.
- Pode chorar, eu estou aqui. - S/n falou baixinho, e eu fechei meus olhos continuando a desabar. - Eu estou aqui com você.
Eu não sabia que precisava tanto chorar, até passar incontáveis minutos derramando lágrimas. Eu até molhei a camiseta da S/n, mas ela não pareceu se importar, ela respeitou meu tempo e ficou fazendo carinho nos meus cabelos, ao mesmo tempo em que sussurrava palavras reconfortantes no meu ouvido.
Aos poucos eu fui parando de chorar, e a minha respiração normalizou. Eu realmente estava me sentindo bem mais leve. E de uma maneira muito estranha, eu me sentia segura pelo fato de estar sendo abraçada pela minha amiga.
- Está se sentindo melhor? - S/n perguntou preocupada, assim que eu me afastei de seu peito.
- Sim, estou. - eu murmurei, e enxuguei os resquícios das lágrimas que ainda estavam em meu rosto. - Obrigada.
- Não foi nada, afinal você também me ajudou quando eu precisei. - S/n sorriu. - Podemos deixar o sorvete para outro dia, se você não estiver se sentindo bem.
- Não. - falei de imediato, sentindo medo de voltar para casa e enfrentar o Billy. Hoje, ele realmente me assustou. - Quer dizer, vamos sim. Promessa é dívida.
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Minha Outra Metade. (Max Mayfield/You G!P).
Fiksi Penggemar"Dizem que quando uma metade finalmente encontra a outra, elas acabam se tornando apenas uma. É inexplicável. E imediato. Não importa quanto tempo leve, em algum momento elas com certeza irão se encontrar."