11- Planos.

298 70 14
                                    

S/N P.O.V

- Isso é inútil, Jim, um reforço policial não vai vir até aqui. - minha mãe alertou ao delegado, quando ele ligou para o distrito policial pela vigésima vez. - A ordem teria que vir de mim.

- Então, por que você mesma não liga? - Hopper indagou, irritado.

- Porque um reforço policial não iria dar conta desses monstros. Você viu que as armas nem chegam a fazer cócegas neles. - minha mãe respondeu, como se fosse óbvio. - E tem outra, nós não podemos ficar chamando a atenção de tantas pessoas para essa situação. Senão, tudo pode piorar ainda mais.

- Droga. - Hopper resmungou, frustrado. - E o que vamos fazer? Não temos certeza de que esse plano vai dar certo.

- Vamos tentar primeiro, e se caso não der certo, depois nós tentamos encontrar outra alternativa. - minha mãe alegou, e os dois saíram para o lado externo da casa.

O restante de nós ficou lá dentro, esperando por alguma notícia. E enquanto o tempo passava, a Max e eu continuamos totalmente imersas dentro da nossa própria bolha. Eu não sei dizer quantos minutos nós passamos ali de mãos dadas, olhando nos olhos da outra, e compartilhando do mesmo medo.

Minha mãe me perguntou sobre a Max, e eu lhe disse que somos apenas amigas. Ela claramente ficou desconfiada, mas também não contestou, pelo menos não ainda. Entre ontem e hoje, eu percebi que sempre que eu estou perto da ruiva, Lucas fica me olhando torto. Eu sinceramente não sei o porquê, já que não fiz nada. Mas de qualquer forma, eu também nem me importo, pois se ele tem algum tipo de problema comigo, ele que resolva sozinho.

Quando Hopper entrou dentro da casa de novo, disse que Will estava se comunicando através de código morse, o nosso momento chegou ao fim e outro esquema entrou em andamento. O delegado ficou lá no galpão com um rádio, enquanto a minha mãe, que estava dentro da cozinha conosco, ficou com o outro, os aparelhos estavam conectados no mesmo canal para que a transmissão fosse realizada com sucesso. Trabalhamos juntos, para conseguirmos decifrar o código.

Selar portal. - Will informou.

De repente, o telefone começou a tocar. Dustin se levantou correndo, e o desligou. Mas o telefone voltou a tocar de novo insistentemente, Nancy arrancou o aparelho da tomada, e o jogou no chão com força.

- Será que ele ouviu? - Max perguntou, isso pode estragar totalmente o nosso plano.

- Eu acho que ele ouviu. - eu respondi, ficando em alerta por instinto.

- Mas, qual é o problema? É só um telefone. - Steve falou, sem entender. - Isso não diz exatamente onde estamos, né?

- É aí que você engana. - eu murmurei, e fechei os meus olhos na intenção de me concentrar. Esvaziei a minha mente, para que eu pudesse focar em escutar qualquer barulho que viria do lado de fora. - Tenho certeza que Will escutou o barulho do telefone, mesmo lá de fora. E, como eles ainda estão ligados, o devorador de mentes pode muito bem conseguir identificar a direção do barulho.

Ao longe, eu consegui ouvir os passos apressados de um ou dois demogorgons se aproximarem da nossa localização, vindo pela floresta. O devorador de mentes conseguiu descobrir onde estamos. E os mandou até aqui.

- O que ela está fazendo? - Lucas perguntou baixinho, mas eu consegui escutar perfeitamente. Ele deve achar que eu sou maluca, mas eu não sou, pelo menos não a todo momento.

- Hipersensibilidade auditiva é um dos meus poderes. Eu consigo escutar tudo. - eu contei, abrindo os meus olhos. Lucas me olhou extremamente surpreso, pois ele achou que eu não ia ouvir, mas quando eu me concentro consigo ouvir até uma gota de água caindo no chão. - Eles estão vindo, temos que nos preparar.

Minha Outra Metade. (Max Mayfield/You G!P).Onde histórias criam vida. Descubra agora