14 - Flora Dias e a muralha dos problemas de confiança

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— Como assim a série foi cancelada?! — levanto em um salto do sofá. Desencostando do peito de Theo e saindo do meio de suas pernas para ficar sentada de frente para ela.

— Pois é! Esse é o final da série. — fala, desligando a televisão e colocando o controle na mesa de centro. — O que é uma pena porque tinha muito mais coisa para explorar, além da relação da Ava com a Beatrice.

— Theo Rodrigues por um acaso você me odeia? Isso é algum tipo de vingança por conta de todas as vezes que eu falei que você não era artista de verdade? — estico suas pernas com as mãos, para ter o caminho livre para subir em seu colo. Coloco uma perna em cada lado do seu corpo e minhas mãos em seu rosto, mantendo o olhar dela no meu.

— Eu não te odeio, Flora. Tá maluca? — dá risada.

— Então por qual motivo você me fez assistir, por horas, duas temporadas de uma série cancelada?! — indago, totalmente indignada. — Sabendo que eu estava gostando?!

— Porque a série é boa! — explica e neste momento, eu prometo para você, eu nunca quis tanto socar esse rostinho bonito. Nunca!

— A próxima vez que você virar e falar: "Ai Flora, você é tão bonita e maravilhosa, eu tenho tanta sorte por pegar você e—"

— Eu tenho quase certeza de que essas palavras nunca saíram da minha boca. — me corta.

— Silêncio! — coloco a mão em sua boca. — "Ai Flora, você é tão bonita e maravilhosa, eu tenho tanta sorte por pegar você e se nós aproveitarmos toda essa química ardente entre nós e assistir essa série aqui?". Sabe o que eu vou responder, Theodora? Que não! — faço movimento para me levantar e sair do seu colo, mas seus braços são mais rápidos e se prendem ao redor da minha cintura, me mantendo no lugar.

— Flora, você é tão bonita e maravilhosa — dá um beijo em meu pescoço —, eu tenho tanta sorte de pegar você — move os lábios e beija meu queixo — será que pode me perdoar por querer assistir a minha série favorita em sua companhia?

Antes que eu possa responder, sua boca cola na minha e eu instantaneamente derreto. Coloco meus dedos no meio dos fios de seu cabelo, puxando e bagunçando ainda mais as ondinhas ali.

"Ai Flora, mas cadê aquela marra toda do começo onde você dizia que não suportava ele e etc?" Não se esqueça que eu também falei que eu era inconsistente em minhas palavras!

Mesmo com seus braços me segurando no lugar, eu dou uma rebolada em seu colo, tirando um gemido baixo dela. Suas mãos saem da minha cintura e descem até minha bunda, onde ela aperta e começa a me auxiliar nos movimentos.

— Posso pensar no seu caso. — falo baixinho, separando nossas bocas por alguns segundos. Os lábios de Theo estão levemente rosados e molhados, por conta do beijo, o que deixa o sorriso presunçoso que ela exibe ainda mais atraente.

— Pensa com carinho. — me dá um selinho e quando eu tento aprofundar ainda mais o beijo ela nos afasta de novo. — Vamos para a cama?

Balanço a cabeça em concordância e antes que eu consiga me levantar, Theo segura meu corpo e fica em pé rapidamente, me fazendo soltar um grito com o susto e prender as pernas ao redor de sua cintura. Suas mãos seguram minhas coxas e eu passo os braços ao redor de seus ombros.

— Exibida! Só faz essas coisas para poder me conquistar com esses seus brações. — implico, rindo, o que tira uma risada dela também, enquanto sobe as escadas em direção ao mezanino.

— E tá funcionando? — me coloca no meio da cama e deita em cima de mim, passando o nariz no meu em um leve carinho.

Pra caralho!

Posso Ser Ela?Onde histórias criam vida. Descubra agora