Dirty Play | ChangHyunLix

𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟖: Precioso

Meses atrás...

(K)inky | Capítulo 4: Afetuoso

Changbin estava sozinho em seu apartamento escuro. Ele chegou do trabalho depois de um longo dia de reuniões, e até jantares de negócios, e só esperava encontrar Yongbokkie para recarregar suas energias, mas ele não estava lá. Aproveitando a privacidade, resolveu ligar para Hyunnie e perguntar como foi a exposição.

Ele comprou vários quadros — basicamente todos — e já pensava em quem seriam os parceiros sortudos da gravadora que ele presentearia. Era sempre bom cultivar relações profissionais cordiais, e aquela demonstração de amizade da parte do herdeiro do Seo, sempre fidelizava seus clientes.

Só que ele ligou para o Hwang e caiu na caixa postal. Seria a tempestade bagunçando o sinal? Ele tentou mais vezes, inclusive no telefone fixo do estúdio, e o resultado foi o mesmo. Mensagens foram enviadas, mas nenhuma foi lida. Talvez o mais alto também estivesse cansado do dia cheio, eles podiam conversar amanhã.

Bin se perguntava se seus dois amigos teriam se esbarrado na galeria. As chances eram pequenas, mas sempre havia um esperançoso "talvez". Entediado, ele tomou um banho, depois vagou por vídeos aleatórios nas redes sociais, jogou alguns jogos, comeu uns petiscos e nem assim Bok voltou. Ele o estava esperando para jantar, mas acima de tudo, estava preocupado com seu bem-estar.

Bokkie sempre teve medo de tempestades e saber que ele estava lá fora, sozinho e desamparado fazia o coração do Seo doer. O relógio marcava quase que o início da madrugada quando ele finalmente ouviu passos leves pelo corredor do prédio.

Changbin estava sentado à mesa no escuro, seus braços musculosos cruzados em frente ao peito, quando Yongbok acendeu a luz de seu apartamento e tentou entrar sorrateiramente.

— Onde você estava?

— Puta que pariu! Você quase me fez infartar! — Ele pulou de susto e colocou a mão sobre o coração, respirando fundo para se acalmar.

Apesar da preocupação, o Seo o abraçou aliviado por ele estar bem. Até que... um cheiro muito familiar chegou às suas narinas e o deixou... curioso.

— Você fumou? — Changbin afastou-se de cenho franzido.

Foi a primeira vez desde a faculdade que ele sentiu aquele tipo de odor em Bok. Ele experimentou cigarros há vários anos, mas não era um fumante. Não até onde Bin sabia.

— A-Ah, não... Foi o cara gente boa que me deixou carregar o celular na loja dele. E-Eu... preciso tomar banho... — Enquanto Yongbok tagarelava, o produtor tentava farejar um pouco mais para se certificar.

Canela e patchouli.

[...]

— O que você fez? — O produtor perguntou quando encontrou o ômega seminu, usando nada além de uma toalha ao redor do quadril ao sair do banho. Ele foi avisar sobre o jantar, mas acabou sendo surpreendido.

O Lee congelou no lugar, engoliu em seco, como se Bin o tivesse pegado em flagrante cometendo um crime. Ele levou uma quantidade inaceitável de segundos até finalmente se situar.

— A-Ah! É mesmo! Eu fiz uma tatuagem. Foi como esperei a tempestade passar.

Yongbok nunca falou seriamente sobre fazer uma. O que o deixou tão impulsivo e determinado? Inconsequência e falta de planejamento não eram nem um pouco de seu feitio.

— Stay?

— Resolvi começar com uma pequena frase. Algo mais privado, por causa da minha profissão, você sabe. Os pais das crianças podem ser tradicionalistas conservadores.