𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟔: Arriscado

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De volta à atualidade...

Felix deitou-se em sua cama, mas não conseguiu pregar os olhos. Changbin ainda parecia estar ajudando Jin a arrumar sua cama-sofá na sala, e ele só conseguia visualizar de novo e de novo a cena dos braços tatuados fazendo força, músculos ressaltados, o Hwang suando e grunhindo. As mãos de Bin estavam em sua cintura e ele ofegava ao pé do ouvido do ômega, segurando-o firme.

Merda, Yongbok não devia ficar duro em uma situação tão conturbada quanto a dele. Como ele poderia resolver aquela ereção com dois alfas a apenas alguns metros dele?!

Seria incrível contar com a ajuda deles, sua consciência sugeriu, mas ele chacoalhou a cabeça em negação veementemente.

Ele não podia deixar suas fantasias malucas levarem sua sanidade embora.

Enfiando-se debaixo das cobertas e bufando de frustração, ele decidiu ficar imóvel até dormir, de um jeito ou de outro.

Até que funcionou, ele cochilou sem perceber, mas acordou de um pesadelo com a garganta ardendo.

Pesadelo esse que o fez gemer ao ponto de secar a saliva de sua boca. Esperançosamente ninguém ouviu nada, era madrugada e os roncos suaves de Changbin faziam sinfonia com o tráfego de carros e o chirriar das corujas.

O copo ao lado da cama do Lee estava vazio e ele percebeu que teria que ir reabastecer na cozinha. Que saco, ele detestava ter que vagar pela casa escura a noite.

Sonolento, saiu pelo corredor arrastando as pantufas, olhos semicerrados mirando a cozinha.

Ele evitou gloriosamente cada um dos móveis graças a memória, mas chocou seu mindinho contra um que definitivamente não deveria estar lá.

— Merda! Filho da puta do caralho! — xingou baixinho, enquanto pulava em um pé só, para esfregar o dedo dolorido.

De repente, orbes negras brilharam para ele no escuro, confusas, e Felix quase soltou um grito de susto.

A casa deles foi invadida? Eles estavam sendo roubados? Ele devia tentar gritar Changbin ou chamar a polícia?

— Ei, Lix, o que você está fazendo? — a voz preguiçosa de Jin acalmou brevemente o coração descompassado do Lee.

— Jin?! O que é que você... Ah, merda, você está passando uns dias aqui. — Ele se lembrou agora que estava acordado até a última célula com o susto. Penteando os cabelos com as mãos, respirou fundo para se acalmar.

— Sim. Resolveu me fazer uma visitinha noturna? — O alfa sorriu sugestivamente e levantou a coberta, mostrando que não usava nada além de cuecas boxers.

O olhar de Felix não resistiu a dar uma conferida. Ele lambeu os lábios ressecados e se lembrou do sabor do pau do Hwang.

— Não. E-Eu só vim... b-beber... Com sede.

Jin sorriu ainda mais e o puxou para cima de si.

— Claro, baby, fique à vontade.

O estofado do colchão era robusto e fofinho, não emitindo nenhum ruído com o novo peso depositado inesperadamente, mas o copo que estava na mão do ômega chocou-se contra o chão. Felizmente, era de plástico e o barulho foi baixo.

Felix pressionou os lábios com força para não reagir sonoramente a nada do que aquele alfa irresponsável fazia. Mas, quando suas mãos tocaram a pele tatuada quente e ele se acomodou melhor em cima dele, foi como ser pego em um feitiço paralisante.

Hyunjin separou as coxas do Lee para encaixá-las em seu quadril, puxou o tronco alheio para seu peito, abraçando-o e acariciando os cabelos loiros.

— Você desapareceu, fiquei preocupado.

Dirty Play | ChangHyunLixOnde histórias criam vida. Descubra agora