IX

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𝗔𝗹𝗼𝗻𝗱𝗿𝗮 𝗠𝗶𝗰𝗵𝗲𝗹𝗹𝗲.

Fechei a porta sem dizer mais nada, mas precisei me conter ao ver Angie ainda ali, parada e me encarando de braços cruzados.

— Tá olhando o que? — perguntei em um tom áspero.

— Porra, Alondra, você sempre tem que estragar tudo, né? — Ela me empurrou contra a parede, segurando firmemente a gola da minha camisa.

— Não brinque com fogo, Velasco. — Angie manteve o aperto, seus olhos cheios de fúria.

— Fogo? — Ela riu, mas sua expressão continuava intensa. — Você não faz ideia com quem está lidando, Michelle.

Eu revirei os olhos e puxei sua mão para soltar a minha camisa.

— Não estou com paciência para isso — disse, em um tom mais sério.

Ela hesitou, mas finalmente me soltou, recuando enquanto ainda me observava como se estivesse decidida a me provocar até o limite.

— Tudo bem, Alondra, vou deixar passar dessa vez — ela disse, com um sorrisinho sarcástico. — Mas fique esperta, não sou do tipo que esquece fácil.

Revirei os olhos, mantendo meu tom firme.

— Acha que estou preocupada? — Perguntei, cruzando os braços e encarando-a de volta. — Cuide do seu trabalho e evite confusões, Velasco.

Ela soltou uma risada seca, virando-se para sair, mas antes de ir embora, lançou um último olhar de desafio.

[...]

Cheguei em casa exausta, apesar de o dia ter consistido apenas em discutir com Rai e Angie e dar uma passada no trabalho para conferir se estava tudo certo.

Assim que finalmente senti a paz ao me sentar no sofá, a campainha tocou. Suspirei, irritada, e me levantei novamente, ainda mais frustrada.

Caminhei até a porta e a abri, encontrando Capri e Alex do lado de fora.

— Alondra! — exclamaram juntos, me abraçando ao mesmo tempo.

O abraço inesperado de Capri e Alex me pegou de surpresa, mas foi exatamente o que eu precisava. Mesmo exausta, senti meu humor melhorar um pouco com a presença deles.

— O que vocês estão fazendo aqui? — perguntei, fingindo irritação.

— Viemos te tirar dessa fossa! — Capri disse, me empurrando levemente para dentro e fechando a porta. — Soubemos que seu dia foi puxado e achamos que precisávamos intervir antes que você surtasse.

— E além disso, reservei um restaurante para nós jantarmos — Alex disse, puxando o celular do bolso.

— Sério? Um jantar fora? — perguntei, tentando disfarçar o cansaço.

— Claro! — Capri disse com um sorriso. — E você não tem escolha! Vamos animar essa noite

Alex me mostrou a reserva no celular, o nome do restaurante brilhando na tela. Era um lugar que eu queria experimentar há tempos, mas nunca tinha sobrado um tempo na minha agenda.

— Vocês são impossíveis, sabiam? — Fingi uma carranca, mas no fundo estava agradecida.

— Impossíveis e dedicados — respondeu Alex, dando uma piscadinha.

Capri me puxou pelo braço e, antes que eu pudesse protestar, já estávamos saindo, rindo como nos velhos tempos.

Assim que chegamos ao restaurante, senti o clima descontraído e aconchegante do lugar. Luzes baixas, decoração em madeira, e uma música suave ao fundo davam um toque acolhedor ao ambiente. Capri e Alex escolheram uma mesa próxima à janela, com uma vista para a cidade iluminada.

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⏰ Última atualização: Nov 10 ⏰

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