amada minha

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O berré, o que aconteceu?? - Gal perguntava adentrando o quarto extremamente arrumado de sua amiga, Bethânia.

O que aconteceu Gal? - Riu sarcástica. - Acho ótimo que esteja aproveitando a festa, vá, desça. Seu namoradinho deve estar com saudades! - Despejou as palavras enquanto se virava de costas, não precisava encarar aqueles olhos agora.

Bethânia, você saiu vazada só porque ele estava me abraçando? Oxente. - Tocou seu ombro a virando para si. - Pare com isso, Jorge é só meu amigo!

Para Gal. Você fica aí, se envolvendo com qualquer um e não entende quem realmente está apaixonado por você! - Se deixou render e olhou nos olhos da mulher. - Chega, eu tô cansada disso tudo.

Eu não estou te entendendo! Primeiro você dá um xilique porque abracei Jorge ben, o meu AMIGO, e agora diz que alguém está apaixonado por mim? Sinceramente, eu preciso que seja mais clara Bethânia. - Se afastou da mulher, sentando-se na cama da mesma.

O que estou tentando te dizer é que eu estou apaixonada por você! - Abaixou a cabeça, sentindo lágrimas teimosas escaparem. - Tá tão dicil de ver Gal? - Falou baixo, quase que em um sussurro.

Beta, eu.. Poxa, eu não sabia. - Se levantou novamente, pensando em tudo: Em seus sentimentos, em seus momentos com a mulher, em tudo.

Tudo bem, eu devo estar confundido as coisas, pode voltar pra lá, estão te esperando. - Sorriu com uma feição triste, não estava tudo bem.

Não, eu fico aqui com você. - Chegou perto da mulher que se encontrava escorada na parede, ainda chorando de mansinho. - Desculpa. - A abraçou forte, na esperança de transmitir o que estava pensando para Bethânia.

Você não me deve desculpas muito menos satisfações. - Sorriu novamente, dessa vez sem graça, devido ao abraço. - Eu que exagerei em meus sentimentos. - Soltou-se do abraço.

Shh, não exagerou, eu que demorei, que fui boba. - Riu lhe tocando os cabelos.

Gal, não preci - Sentiu-se ser beijada e no mesmo momento apenas pode fechar os olhos e lhe corresponder o ato. - Então você..

Eu também sou apaixonada por você, Maria Bethânia. - Riu a beijando novamente. - Obrigada por ser ciumenta e corajosa assim, se não, eu viveria escondendo e reprimindo este amor que sinto por você.

Se olhavam nos olhos o tempo todo.
Se passaram bons 40 minutos entre trocas de confissões apaixonadas, amassos e muitas risadas. Com as 02:00 da manhã se aproximando, decidiram que estavam terrivelmente cansadas daquele dia e se deitaram juntas pela primeira vez, agarradas e imersas em um sono leve.

O betaaaa. - O relógio de cabeceira marcava agora 04:27 da manhã e Gal já não havia pegado profundamente no sono, pensando logo em acordar a mulher.

Hmm - Resmungou se aninhando mais no abraço de Gal.

Eu posso olhar o seu caderninho? Estou curiosa. - Falou com o rosto enfiado na curva do pescoço de Bethânia, sentindo a mesma se arrepiar.

Oxente, pode meu bem, mas eu vou dormir viu? - Sorriu ainda de olhos fechados.

Tá bom! - Deixou um selinho em Bethânia e sentou na cama, pegando o caderninho que ficava sempre debaixo do travesseiro de Beta.

Quando abriu o caderninho se deparou com um desenho seu, o que fez a mesma sorriu grandemente. Folheou mais um pouco e viu diversas poesias, todas endereçadas a "Gal, fatal".
Parou na primeira folha novamente e começou a ler:

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1970.

Eu vejo você longe e quero você perto, sinto o teu cheiro e me perco, te abraço e me apaixono, te adoro e te odeio, não te quero mas mesmo assim te desejo.

Eu quero me esconder debaixo dessa tua saia pra fugir do mundo, me esconder de tudo, me agarrar no nosso futuro.

Não sei se tu volta, não sei se tu fica, mas sei que te espero; que dou o mundo pra você e não tenho o menor medo de me arrepender.

Será que um dia tu vira amada minha, amiga linda? Se sim ou se não, me permito estar por perto, me permito te olhar e sentir o tempo parar, me permito a me auto condenar.

Entre todos os amores e amigos, de você me não esqueço jamais. Se precisar ligue, grite. Apenas me procure, a ti nunca me nego.

Somos coisa de alma, mesmo que ainda não perceba.

Eu te amo, mesmo que de longe, mesmo que sem motivo. Te preciso e te vivo, minha Gal, minha paixão fatal.

De tua, Berré

Fechou o caderno e se permitiu chorar agarrando sua menina.

Eu te amo demais Maricota. - Sorriu entre lágrimas deixando um beijo nos cabelos da mesma.

Mesmo que demorando, o amor as encontrou e tudo agora estava certo, 2 e 2 enfim eram 4 e não 5.

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OFICIALMENTE O MEU CAP FAVORITO!!!!! Amo essas duas apaixonadinhas gente, meu Deus. Ps: Quem quiser me seguir no ttk, @cinzgabis gente, só conteudinho das mães

entre versos.Onde histórias criam vida. Descubra agora