💜Capítulo 2💜

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Volto para a cozinha e abro as três fechaduras do armário, que nele contém diversas poções de várias colorações, e logo avisto Virtärlyn e o pego. A poção Virtärlyn tem uma coloração com dourado e verde, mas, suas cores não se misturam, e emite um suave brilho do frasco. A poção proporciona uma onda intensa de energia, aumentando a agilidade, a força e a clareza mental de quem a usa, mas apesar de seus benefícios, o uso frequente da poção pode levar à exaustão progressiva do corpo. A pessoa começa a experimentar um cansaço extremo após o efeito da poção se dissipar, necessitando de doses cada vez maiores para obter o mesmo nível de energia, isso certamente em algumas situações pode transformar-se em uma abstinência. 

— Pai! Graças aos Deuses você chegou.  

— Onde você estava!! — esbraveja. — Nosso filho em casa, entristecido por causa da imbecilidade dos orientadores daquela Academia. E você simplesmente não está em casa para saber da situação, mas sim naquela maldita torre!!

— Não fale do meu local de ofício yaslien! Sabe como aquele lugar é muito importante.

— "Importante!"  Mais importante que seu próprio filho Azazel! — grita exasperada. — Quando aqueles anciões irão dar-lhe uma posição de verdade!? Não aguento mais falar de seu "ofício" nos círculos sociais.

— Alcançarei a posição... Logo. — Expressa ridicularizado. — O que aconteceu Alarick?

Poucos sabem que o Senhor Trevanye não é um Escriturário de verdade, ele apenas obedece pequenas ordens que os anciões mandam. Isso pode não parecer muito, mas, só de servir alguém da “Torre do Saber” já é uma função surpreendente, mas também admirável o suficiente para chamar a atenção nos círculos sociais, mas ninguém sabe que ele só se submete a ordens que são dadas a ele.

— Pai, eu não recebi a insígnia! Os mestres entregaram a filha da família Hararin, todos sabem que era para mim! Ter recebido. Por favor faça algo sobre isso pai!

— Ele irá fazer meu filho. Não é mesmo Azazel? — Intimida baixo 

— Isso...  realmente é algo custoso. Mas verei o que posso fazer por você meu filho. — Diz esgotado.

Ouvindo as queixas e insatisfações da Senhora, vou em direção ao Senhor Azazel que ouviu toda a situação retraído no sofá de couro, e permanece com uma expressão letárgica, ele parece não estar ouvindo mesmo os aborrecimentos da esposa.

— Meu senhor, aqui está o que me pediu. — Ofereço a xícara com Virtärlyn.

— A sim, pela demora pensei que tinha acabado.

Não digo nada, e quando estava para me retirar o Senhor puxa meu pulso com uma certa força. Quando o olho penso que há algo errado com a xícara, pois ele a observa muito sério.

— Algo errado? — Pergunto, pois ele ainda me segura.

— Amélia... porque a quantidade parece tão pouca?

— Pouca? — Olho o líquido, e nada me parece fora do normal. — Meu senhor, no frasco que eu peguei a quantidade sempre é a mesma, juro que nenhuma das criadas bebeu uma gota. 

— M-mas quantos frascos você colocou aqui? 

— Quantos frascos? Bem... o recomendado é ingerir apenas um frasco a cada...

— Entendo, você colocou apenas um, ponha mais um para mim.

— O Senhor quer beber... dois frascos de Virtärlyn. — Pergunto em choque. 

— Isso mesmo, a partir de agora tomarei dois ou mais de um frasco de Virtärlyn, agora pode ir fazer o que mandei!

Ele recoloca a porcelana na bandeja em minhas mãos, e volta aos seus pensamentos. Me viro para ir fazer o que mandou, mas a Senhora me para.

— Amélia, já que vai voltar a cozinha, diga as outras criadas para trazer o desjejum. — Fala com ar de arrogante.

— E não esqueça meu bolo. 

— Sim... Senhores, com suas licença. — me retiro.



Uma parte da manhã se passa, e meu trabalho segue cheio de afazeres. No momento a Senhora Yaslien e Alarick estão dormindo para esperar pelos anoitecer, o único que está acordado o dia todo é o Senhor Azazel, que está em seu escritório fazendo mais pesquisas. Assim que termino de limpar a bancada, vou em direção ao escritório do Senhor Azazel, e como pensei a uma luminosidade baixa vindo de seu espaço de pesquisa.

— Senhor Trevanye. — Bato na porta para avisar minha presença.

— Quem me importuna em um momento tão imprescindível! — pergunta áspero.

— Desculpe incomodar meu senhor. Apenas vim informar que... meus dias de trabalho aqui se concluíram está noite. — falo sobre o prazo de contrato.

— Compreendo. E para qual família desfavorável você vai? — Pergunta cínico.

— Irei para a casa da família Mellorye.

— Sim os conheço, essa família parece uma praga. — Murmura. — Abra a porta e venha pegar o seu pagamento.

Empurro a madeira em minha frente e vejo o Senhor Trevanye sentado na cadeira de frente para a mesa de estudos, uma das mão agarrando os próprios cabelos bagunçados, sua expressão está raivosa, os dentes cerrados, olhos arregalados e vermelho. Me parece que ele não dorme a dias, a mesa da qual apoia os braços está uma desordem, ele olha para papéis que parecem antigos e com a outra mão livre faz anotações caprichosas.

— Dentro deste saco está um pouco a mais do seu pagamento, pegue e quando terminar seu contrato com aquela família dissimulada, volte para cá, entendido!? — fala sem desviar seus olhos dos papéis.

— Sim Senhor... me retirarei agora.

Saio do espaço fechando a porta, este homem me parece um louco agora, se ele continuar tomando o que penso ser, não sei se terá salvação. Caminho para as escadas e noto as luzes dos aposentos, parece que a família Trevanye irá para mais uma festa essa noite, isso não me surpreende pois já está escurecendo, pois é a noite que Vórlux ganha vida.















                            Continua. 💜

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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