Mavi, praticamente ensopado
de suor, deixou-se cair na
cama com um suspiro pesado,
e cada movimento que fazia
soltava um cheiro que
misturava cansaço e
intensidade. Ele olhou para
Iberê, com aquele brilho
determinado e inabalável nos
olhos, e então o puxou com
um gesto firme, trazendo-o
para perto e encostando o
rosto de Iberê contra seu
peito úmido, onde os pelos
estavam grudados e densos
de suor.Iberê tentou se afastar um
pouco, Surpreso Com a
intensidade do cheiro e a
sensação do suor molhando
sua pele e sua camisa, mas
Mavi o segurou firme.Mavi (sussurrando, com um
tom autoritário, mas ao
mesmo tempo suave): “Fica
quietinho aqui, príncipe... é
assim que eu te quero agora.
Sem frescura.”Iberê respirou fundo, sentindo
o calor do corpo de Mavi,
mesmo que aquele contato
fosse desconfortável. De
alguma forma, sentiu-se
imerso na presença dele,
capturando aquela sensação
como uma demonstração crua
de como ele era especial para
Mavi.Mavi (com um sorriso
cansado, mas satisfeita): “Você está aí pra mim de um jeito que ninguém nunca esteve, sabe? Então fica... e aproveita. Esse sou eu de verdade.”Mesmo um pouco sem jeito,
Iberê relaxou aos poucos,
permitindo-se ficar ali,
grudado ao corpo de Mavi,
sem se afastar.Enquanto Iberê se rendia àquele abraço suado e denso, sentia o peso do corpo de Mavi contra o seu, como se o mundo inteiro tivesse se resumido ao calor que emanava de cada célula daquele homem exausto. Mavi acariciou os cabelos de Iberê, passando os dedos devagar, num ritmo lento e hipnótico, que, de alguma forma, o acalmava e deixava seu coração batendo mais rápido ao mesmo tempo.
Mavi (com um sorriso preguiçoso, os olhos semiabertos): “Sabe, príncipe... você é a única pessoa que eu deixaria me ver assim. Eu não sou muito de me abrir, mas... com você, é diferente.”
Iberê, ainda um pouco embaraçado, mas profundamente tocado, apenas assentiu, sem saber ao certo o que responder. Sentia-se envolvido pela presença de Mavi de uma maneira que não conseguia explicar. Era como se, por um momento, o cansaço de Mavi e o desconforto da situação se tornassem pequenos comparados à intensidade daquela conexão.
Com o silêncio preenchendo o quarto, Iberê, ainda com o rosto encostado no peito de Mavi, respirou fundo e decidiu que não poderia mais ignorar a questão que o incomodava. A intimidade que compartilhavam era avassaladora, mas a incerteza sobre o que realmente significava tudo aquilo o deixava inquieto.
Iberê (levantando o rosto, olhando diretamente para Mavi): “Mavi... eu preciso saber de uma coisa.”
Mavi ergueu uma sobrancelha, intrigado, mas não respondeu de imediato, esperando Iberê continuar.
Iberê (com um tom hesitante, mas determinado): “Afinal... o que nós somos? Quer dizer, eu sou... sou seu namorado, ou... só alguém que você mantém por perto quando precisa?”
O ar no quarto pareceu ficar mais denso. Mavi manteve o olhar fixo no de Iberê, seu semblante sério. Após um instante, ele suspirou, abrindo um meio sorriso que parecia tanto sincero quanto enigmático.
Mavi (com um tom leve, mas intenso): “E quem disse que você é 'só' alguma coisa, hein, príncipe?" Ele afagou o rosto de Iberê com um gesto firme, mas terno. "Você é meu, e isso deveria ser o suficiente, não acha?”
Iberê (baixando o olhar, um pouco desconcertado): “Eu... eu entendo, Mavi. Mas queria saber o que isso significa pra você.”
Mavi riu suavemente, como se achasse engraçada a necessidade de rotular. Ele então puxou Iberê ainda mais para perto, segurando seu queixo para que ele não desviasse o olhar.
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Laços de Areia
FanfictionSinopse: Em Sururu, uma pacata vila caiçara prestes a ser transformada, Mavi chega com promessas de progresso, mas carrega ambições que vão além dos negócios. Amoral, sedutor e impiedoso, ele tem um único foco: conquistar as terras e, talvez, o cora...