Laços de Areia

Territórios Compartilhados

Capítulo 10 - Especial

Depois que Iberê se afastou de algumas pessoas, ele aceitou a ideia de morar com Mavi. Um ambiente novo, onde cada canto carrega o toque e o domínio de Mavi, mas que Iberê, aos poucos, começa a explorar. A tensão entre eles cresce, uma mistura de atração e resistência que se mostra a cada dia mais inevitável.

Depois de sair do banho e finalmente deitar para descansar, Iberê sentiu o cansaço do dia inteiro o arrastando para o sono. A casa estava silenciosa e, por um instante, ele quase conseguiu relaxar completamente.

Foi então que percebeu uma sombra se movendo no quarto. Quando abriu os olhos, encontrou Mavi ao lado de sua cama, o olhar fixo nele. Iberê se ajeitou, sentando-se rapidamente.

Iberê (olhando para Mavi, tentando controlar o tom): "O que você está fazendo aqui?"

Mavi (com um sorriso despreocupado): "Estava só conferindo se meu príncipe estava bem."

Iberê (sem paciência): "Eu tô bem, Mavi. Mas o quarto é meu agora. Eu preciso de um pouco de privacidade."

Mavi (arqueando uma sobrancelha): "Seu quarto? Você pode até dormir nele, mas a mansão é minha, e tudo aqui é… meu. Inclusive, você."

A afirmação fez o coração de Iberê acelerar. Ele estava prestes a responder, mas Mavi deu um passo mais perto, inclinando-se ligeiramente sobre ele, enquanto suas mãos alcançavam o ombro de Iberê, deslizando de forma quase imperceptível.

Iberê (tentando manter o controle): "Eu não sou uma das suas coisas, Mavi. E você sabe que não devia entrar aqui assim."

Mavi (com um tom sedutor e uma calma inquietante): "Mas eu entrei. Talvez você precise se acostumar com isso… Comigo perto de você. Afinal, estamos morando juntos agora, e você vai se ver mais no meu território do que no seu."

Iberê (desviando o olhar, desconfortável com a proximidade): "Você deveria respeitar… meus limites."

Mavi (sussurrando, sem se afastar): "Limites? Príncipe, você sabe que esses limites são frágeis, não sabe?"

Mavi se inclinou ainda mais, e a tensão entre eles era quase palpável. Ele se aproximou tanto que seus rostos estavam a centímetros de distância, o calor de seus corpos quase se tocando. Iberê podia sentir a respiração de Mavi contra sua pele, e a proximidade o deixou confuso.

Iberê (apertando os lábios, tentando resistir): "Eu realmente preciso dormir agora, Mavi."

Mas antes que Iberê pudesse se afastar, Mavi tomou a iniciativa. Com um movimento rápido, ele selou os lábios de Iberê com um beijo possessivo, segurando-o pela nuca. O beijo era intenso, uma mistura de desejo e possessividade, como se Mavi quisesse marcar seu território.

Iberê (assustado, recuando rapidamente): "O que você está fazendo?"

Mavi (sorrindo, olhando diretamente nos olhos de Iberê): "Apenas lembrando que você é meu, príncipe. E que essa conexão entre nós não pode ser ignorada."

Iberê (desconcertado, lutando para encontrar palavras): "Você não pode fazer isso…"

Mavi (com um brilho provocante no olhar): "Posso sim. E vou fazer de novo, se você deixar."

Com essa declaração, Mavi saiu do quarto, deixando Iberê atordoado, o coração acelerado e a mente uma confusão de emoções. Ele sabia que a luta entre o desejo e a razão estava apenas começando, e que Mavi era uma presença que ele não conseguiria ignorar por muito tempo.