14.

46 8 132
                                    

Amber acordou desnorteada, sentindo um peso no próprio corpo. A vampira abriu os olhos com lentidão, retornando a consciência aos poucos.

Ela logo percebeu que não estava na universidade, na floresta e nem mesmo nos dormitórios. Virou o pescoço, enxergando nada além de um cômodo sujo e com uma pequena fresta de luz vindo de uma janela quadrada no topo da parede.

— Que porra... — Murmurou, embolando a língua nas palavras. — Mas o que diabos é isso?

— Oi, Amber — Uma mulher alta, utilizando um salto alto, cabelo loiro e uma aparência jovem, adentrou o quarto. — É um prazer conhecê-la pessoalmente.

— Quem é você? — Amber perguntou, ainda grogue. — O que estou fazendo aqui?

— Pode me chamar de Rachel Landry — A loira se apresentou — Nós iremos fazer algumas perguntinhas para você, tudo bem?

— Landry... — A vampira sussurrou para si mesma, relembrando daquele sobrenome específico. — Hum?

— Sim — Rachel observou a morena acorrentada em uma cadeira, da mesma forma como fez com Ethan na casa abandonada. — Você matou meu irmão, Amber, sabia disso?

— Ethan? — A vampira soltou uma risada seca, olhando para o chão — Aquele filho da puta teve o que mereceu.

Rachel olhou para o homem ao seu lado, sinalizando para lhe dar permissão de iniciar a tortura contra a morena. Ele rapidamente pegou um balde cheio ao ponto de transbordar, despejando um pouco do líquido na vampira.

Amber deu um grito doloroso, se contorcendo diante das correntes. O que havia dentro do balde era puramente verbena, uma planta que usufrui da capacidade de queimar a pele e os órgãos de um vampiro, colocando-o em um estado enfraquecido.

— Filha da puta! — Berrou em meio a dor, sentindo cada centímetro de sua pele queimar exageradamente.

Apesar da vampira estar sofrendo, na saída da universidade outras pessoas estavam montando um plano para impedir que as coisas piorassem.

— Certo, o que você viu? — Tara questionou a bruxa, caminhando pelo campus.

— Eles invadiram os dormitórios, se aproveitaram do fato de Amber estar dormindo. — Quinn explicou — Sedaram ela e a levaram, mas não fizeram nada comigo, fingi que estava dormindo também.

— Isso é estranho — Tara esfregou os dedos no queixo — Teria motivos para não terem capturado você?

— Não faço a menor ideia — Respondeu a bruxa, visivelmente receosa — Avisei a Amber que aquela maldita família viria atrás dela!

— E ela não deu ouvidos... — Tara bufou, tomando distância da universidade. — Típico de Amber Freeman.

— Andei fazendo meus estudos sobre eles, são praticamente sociopatas que seguram armas como desculpa para torturarem vampiros até a morte — Quinn disse, caminhando ao lado da lobisomem — Significa que Amber está em sérios problemas.

— Como vamos saber onde ela está? — Tara questionou — Tipo, não temos uma localização exata, estamos apenas andando sem intenções?

— Não — A ruiva parou no meio do caminho, agarrando bruscamente nos ombros dela — Eu sei como descobrir onde Amber está, mas com você aqui, será bem mais rápido.

— O que está querendo dizer com isso? — Tara deu uma risada desconfiada.

— Preciso que ajude a farejar ela, você consegue, sabe que tem o olfato aguçado principalmente quando se transforma!

born to die | tamber Onde histórias criam vida. Descubra agora