born to die | tamber

09.

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— Bom, pelo menos você ganharia fácil o concurso de melhor fantasia — Amber deu de ombros, zombando.

— Muito engraçada — Tara deu um empurrão em Amber, revirando os olhos.

— Onde costuma ficar quando é lua cheia? — A morena interrogou. — Você apenas corre pela floresta?

— Não... — Tara suspirou, ajeitando a alça da bolsa em seu ombro. — Eu tenho um lugar especialmente para ficar quando se é lua cheia.

— E que lugar é esse? — Amber perguntou, despertando seu interesse.

— Nenhum que seja da sua conta — Tara deixou um sorriso irônico transparecer em seu rosto e aumentou os passos, largando a vampira no corredor.

Amber franziu a testa, a sua curiosidade não iria embora facilmente. E então, determinada a ter uma resposta, acelerou o andar para alcançar a loba. — Ei, espera!

— O que você quer, Amber? — Tara apertou os olhos, observando a morena de cima a baixo.

— Onde é esse lugar? — Questionou mais uma vez. — Fica lá durante todas as luas cheias?

— Por que você quer tanto saber? — Tara disse confusa.

— Eu nunca parei para estudar mais sobre lobisomens — A vampira encolheu os ombros, acompanhando os seus passos — Só quero saber como costuma lidar com as noites.

— É melhor para você que não saiba — Tara garantiu, olhando-a com firmeza — Não meta o nariz onde não é chamada, Amber.

Amber ficou parada no corredor, assistindo a loba virar a esquina e desaparecer entre a multidão de estudantes. Sem respostas e frustrada, cogitou manter o assunto em silêncio, entretanto, a sua teimosia sempre falou mais alto.

Determinada a descobrir, correu atrás da única pessoa dentro daquela universidade que era capaz de lhe dar respostas a mais.

(...)

Tara retornou para os dormitórios, passando através dos corredores e entrando em seu próprio quarto dividido com a melhor amiga.

Examinou com os olhos ao redor do cômodo, procurando por algo em específico. A loba se encaminhou para o guarda-roupa, abrindo várias e várias gavetas.

Na tentativa de caçar o que buscava, encontrou a sua única e exclusiva gaveta onde costuma guardar todos os seus equipamentos necessários para noites de lua cheia. Correntes que prendem dos pés a cabeça, em uma quantidade particularmente exagerada.

Tara suspirou, fechando a gaveta com rapidez ao ouvir a porta se abrindo. Liv entrou no quarto, estranhando a loba nos dormitórios no horário de aula. — Está tudo bem?

— Hãn? — Tara se virou para ela — Sim, claro, eu estava procurando meu livro para a aula, acabei esquecendo e tive que voltar.

— Você parece estressada — Liv franziu a testa, capturando as expressões da menor — Você sempre anda estressada, mas ultimamente está piorando.

— Como assim?

— Quer uma observação? — Liv jogou a mochila em sua própria cama, respirando fundo. — Eu Costumo buscar pelos detalhes, Tara, acha que não notei como está passando os dias estressada desde a vinda de Amber para a faculdade?

— É apenas uma coincidência, minha vida não se resume apenas em estudos e pessoas inconvenientes, sabia?

— Viu? — Liv se aproximou — Irá me contar o que está acontecendo de uma vez por todas ou prefere simplesmente andar por aí feito uma lobisomem ranzinza?