11.

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— Anabel! — Quinn arregalou os olhos, se mantendo na frente de Liv, protegendo-a de um possível ataque. — Deixe ela em paz!

— Está defendendo uma vampira? — Ethan a olhou surpreso — O que você é, afinal? Os humanos não se importam com vampiros.

— Sou apenas alguém que você não deveria mexer — Quinn ergueu os braços, arremessando Ethan contra a parede bruscamente.

— Porra! — Anabel se ajoelhou, agarrando na estaca e puxando para fora, caindo mais sangue em sua roupa.

— Não, não! — Ethan, juntando todas as suas forças, puxou a sua arma consigo, liberando mais uma estaca em direção a Anabel.

A estaca cravou um pouco abaixo do seu peito, fazendo Anabel gritar de dor. Quinn olhou apreensiva, observando a vampira.

Amber bufou, segurando na nuca de Ethan, puxando o garoto para ficar de pé, apesar da dor após ter sido arremessado contra a parede do galpão.

— O que está fazendo? — Quinn questionou ao vê-la perto do caçador. — Não faça nada idiota, para com isso!

— Acha que eu tenho medo desse imbecil?

— Se eu fosse você, não tentava me matar — Ele falou, encarando a vampira com a mão em sua nuca.

— Me dê motivos.

— É a família Landry, eles são os maiores caçadores de vampiros da história — Quinn explicou — Eles mataram mais de dez mil vampiros.

— E você sabe quantos humanos inúteis eu já matei durante toda a minha vida?! — Amber torceu o pescoço de Ethan, trazendo a sua morte dentro daquele galpão.

O seu corpo bateu contra o chão, Amber tirou um obstáculo do seu caminho. A morena lançou um último olhar para a sua melhor amiga, tendo em mente que levaria um sermão mais tarde.

— Eles virão atrás de você — A ruiva alertou, visivelmente preocupada em perder a vampira para sempre dessa vez.

— Eu estarei esperando. — Amber passou pela porta, correndo para fora da festa de halloween com urgência.

A vampira usou da sua hiper velocidade para alcançar a floresta, sentindo o cheiro de ‘cachorro molhado’ enchendo as suas narinas. Na caça para encontrar Carpenter, a sua sensibilidade auditiva lhe ajudou, oferecendo os gritos da lobisomem de longe.

Amber, levada pelos sons agonizantes e pelo cheiro de dor, encontrou a entrada de uma caverna subterrânea. Com receio, curiosidade e principalmente preocupação, desceu as escadas de pedra.

O local estava iluminado apenas pela luz da lua cheia, que se infiltrava pela entrada robusta. Amber passou seus olhos curiosos pela caverna, encontrando Carpenter presa aos ferros brilhantes e grossos.

Seus pulsos estavam marcados pelos mesmos, que chacoalhavam a cada espasmo que percorria pelo corpo frágil da menor.

— Lobinha, está tudo bem? — A vampira questionou, sem saber muito o que fazer naquele momento.

Nunca, em seus mais de 500 anos, havia presenciado uma transformação de lobisomem.

Tara a lançou um olhar piedoso, respirando com dificuldade, seu peito subia e descia em movimentos acelerados enquanto lutava contra a transformação inevitável. — Amber… — Murmurou.

Amber encarou os olhos de Tara, sentindo a angústia nas íris castanhas. — Eu estou aqui, vamos conseguir passar por isso juntas. — Sussurrou, com a voz suave tentando passar a sensação de calma para a menor.

born to die | tamber Onde histórias criam vida. Descubra agora