O Secredo

aprendendo autodefesa

___Diego___                                              3/3

Daisy, realmente fiquei chocado em vê-la. Ela se parece muito com Yuna. Sinto muito a falta dela, mas não deixo transparecer. Afinal, sentimentos são algo que não devemos ter na máfia. Algum motivo?

- 1: Se a pessoa trair a "putra" e forem de alianças diferentes, pode ocorrer muito mais assassinato e mais brigas que podem acabar com a dignidade das máfias. Fora que a máfia é algo mais secreto, digamos, será exposta demais.
- 2: Máfia é algo que envolve mortes e eliminações de "serventes", e muitas das vezes temos que ser frios, "sem coração", como muitos dizem, quando a pessoa não sente nada.
- 3: Se a pessoa mata alguém e depois acaba entrando em quadros depressivos, é foda, né? Por isso o melhor é deixar a vida pessoal e o trabalho distantes. Se não sabe separar, melhor nem entrar em caminhos do tipo.

Precisa de mais algum motivo? Enfim, Daisy tem muitas habilidades, como já ouvi de Venci, e até vi no vídeo da briga dela com Daniel, sim! Eu sei porque monitoro à distância. Yuna pediu para mim, nunca neguei ajuda a ela, e ela nunca a minha. Então éramos muito ligados, considerava ela, digamos, como uma família. Perder ela foi um choque total. Confesso que deixar tudo funcionando e não surtar ou desistir foi difícil, mas Yuna pediu e fiz.

A mais, pularia da ponte por ela?

SIM, SEM PENSAR DUAS VEZES.

Enfim, segui tudo o que ela me pediu antes de partir... Agora, estando com Daisy, posso enxergar dentro de sua alma que a falta da mãe foi traumático e causou nela o remorso, no qual não aceita que alguém fale o nome de sua mãe sem autoridade alguma, e o qual ela está tão focada assim para descobrir o passado. Para mim, Daisy é muito forte e determinada. Ela ficaria com o cargo fácil, fácil, mas depende dela, não de mim. Mas vou ensinar as técnicas a ela. Espero que consiga aprender.

___Daisy___

- Vamos logo, ou vai ficar aí parado? - diz Daisy.

- Vamos ver o que a filha de Yuna sabe fazer.

- Humm, gostei. Anda, me ensina! Para matar o desgraçado que fez isso.

- Primeiro, você não pode atingir de frente com seu oponente. É arriscado e pode acabar perdendo sua vida.

- Certo, mas sempre briguei assim.

- Ok, brigar é diferente, pois na máfia todos sabem autodefesa, fora que eles usam, na maioria, armas que te matam em segundos ou te torturam.

- Seguinte, eu vou aprender porque quero terminar o que minha mãe não conseguiu e acabar com a gracinha de todas essas máfias.

- Ok, vamos. Me acompanhe, vou te mostrar algumas coisas para você poder treinar.

- Achei que seria você.

- Eu não sou mais forte que você, por enquanto. É óbvio que se melhorar suas habilidades, será mais forte do que eu, mas até lá você não é. - diz ele frio.

- Hum... - melhor ficar quieta e provar.

- Vamos.

- Ok, Diego. - diz Venci.

- ... - apenas caminho sem falar nada, mas observando sempre tudo. Afinal, não conheci Diego tão bem assim para ter uma confiança nele. Só sei que ele e minha mãe já foram muito amigos.

- Tá, e ali.

Observo onde ele aponta e, sério, tinha muitos robôs, parecia para luta, e vários blocos de altura, e tudo tinha algo... de MIRA!! Ok, me surpreendeu, mas beleza, era o objetivo deles fazer isso, porque nem sabia se eu aceitaria ou qualquer outra merda. Falo merda porque, caralho, tô muito, mas sei lá, não esperando mais nada, não me surpreendo fácil com as pessoas. Prefiro viver sozinha.

- Ok, sabe usar facas?

- Já sabia, mas não tinha aquelas de matar mesmo, mas já treinei em algumas coisas, mas meu pai tirou de mim.

- Entendi. Pega então alguma dessas aí.