o amor que eu nunca tive

1.

Narradora

M

ais um dia comum para merliah, a mesma se encontrava no mesmo estado de todos os dias, só que dessa vez a mesma preferiu não não ia à escola já que seus pais não se importavam.

- bora levanta - sua mãe fala praticamente arrombando a porta do quarto

Merliah: oi - ela abri na porta quase sem forças só que na noite anterior foi espancada por seu pai

- fala direito, sua vadia - a mãe de merliah fala enfurecida puxando o cabelo da garota que estava sem forças para impedi-la - se arruma temos uma visita inesperada - ela fala antes de se retirar do quarto

Merliah confusa apenas fecha a porta do quarto e começa a se arrumar, afinal quem será que iria vir visitá-los?, até porque já fazia bastante tempo em que eles não recebiam visitas. [...]

Merliah já estava pronta, ela decidiu colocar um moletom e uma calça jeans azul claro, ela decidiu passar maquiagem apenas para cobrir as manchas que se encontravam no seu rosto.

Como ela já estava pronta, ela decidiu descer, quando ela chegou na sala, ela ficou surpresa quando viu o seu irmão, já fazia sete anos que eles não se viam.

Samuel: merliah? - Samuel pergunta, ele estava estava muito surpreso, ele nunca pensou que ela mudaria tanto, mas tudo pode mudar em sete anos, não é?

Merliah: oi Samuel - merliah tentou forçar um sorriso - tudo bem com você? - Samuel estava estranhando, ele nunca pensou que merliah iria reagir desse jeito

Samuel: não vai me dar um abraço? - ele ignora totalmente a pergunta de merliah, e merliah sem saída sabendo que sobraria pra ela, acabou cedendo, a mesma começou a se aproximar de seu irmão logo o depositando rápido

Merliah: você não me respondeu, como você está? - ela refaz a pergunta novamente, só que dessa vez um pouco mais solta

Samuel: eu estou ótimo, e você?, tem muitos amigos? - Samuel pergunta inocente, isso deu uma leve pontada de decepção em merliah

Merliah: tudo ótimo também, tá tudo indo bem, e sim, eu tenho vários amigos - ele mente

Samuel: que bom - ele acaba sorrindo

- filho, que tal você descansar um pouco.. - a mãe de merliah pergunta sorrindo, mas obviamente era falso, ela odiou ter a presença de seu filho ali - aliás, você não me disse quanto tempo iria ficar aqui..

Samuel: irei ficar apenas dois dias, e eu não quero incomodar, eu irei encontrar algum hotel para eu poder me acomodar..

- claro que não filho, pode ficar aqui, não tem problema algum..

Merliah durante esse tempo apenas ficava calada, vendo a falsidade de sua mãe. [...]

Já fazia um dia e meio em que o Samuel estava na casa de seus pais, durante esse tempo merliah e seus pais, tentaram fingir ser a família perfeita.

Quando Samuel ia dormir o seu pai, sempre ia surrateiramente pro quarto de sua filha mais nova, merliah já acostumada não conseguia lutar mais, foi aí que ela lembrou que o quarto do lado se encontrava o seu irmão.

Merliah: paraa - merliah grita assustando o seu pai - me larga! - antes que seu pai pudesse de continuar a grita, a porta é arrombada revelando Samuel que olhava a cena horrorizada

Foi muito rápido para merliah raciocinar, pois seu pai já se encontrava no chão enquanto era espancado por Samuel, que descontava toda a sua raiva nele.

Samuel: como você teve coragem!? - ele pergunta praticamente gritando - ela é sua filha!

Enquanto Samuel espancava o seu pai, merliah terminava de se vestir, mas em vez de colocar o seu pijama ela decidiu colocar um vestido, mas o que ela não se lembrava era que ela estava com os machucados no pulso e o seu corpo estava totalmente manchado. Ela não se lembrou no momento de colocar uma roupa larga. Fazendo que com Samuel reparasse no seu corpo.

Samuel: foi ele que fez isso com você? - merliah apenas ficava em silêncio - foi ele que machucou?, ele que fez isso no seu pulso? - merliah não iria responder, mas essa era a chance de mentir sobre os seus machucados do pulso, ela não queria que ninguém soubesse que foi ela mesma que fez aquilo - merliah..

Merliah: foi.. - isso foi a gota d'água para ela começar a chorar - foi ele e a..

Samuel: a nossa mãe também?.. - ele a interrompe incrédulo, nunca pensou que seus pais fossem assim

Merliah apenas concorda com a cabeça, ela olha para seu pai, que se encontrava no chão desmaiado.

Samuel: arruma as suas coisas, você irá comigo para nova York, eu vou chamar a polícia. [...]

Já havia se passado doze horas depois daquele acontecimento, os seus pais haviam sido presos, merliah no deu o seu depoimento para o seus policiais, ela acabou mentindo em algumas partes, mas nada que mudaria tanto, o fato de seus pais terem a machucado.

Agora ela e Samuel já estavam no avião indo para nova York, ela estava muito nervosa, desde o acontecimento do quarto fora o seu depoimento, ela não falava e expressava nada.

E Samuel?, ele estava se culpando por tudo, tudo que sua irmã havia passado, se culpando por não ter ido a visitar antes. [...]