[13] Epílogo

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Seis meses depois

Dizer que os negócios estavam prosperando seria subestimar grosseiramente o estado das excelentes indicações da Lovepot Investigações – Harry ainda não tem ideia do que fazer sobre isso. Pansy tentou triar as solicitações conforme elas chegavam e, em seguida, categorizar o que restava em Interessante, Urgente e Maligno, mas mesmo assim, a montanha de trabalho parecia intransponível.

— Acho que é uma questão de confiança — Luna dissera, quando Harry se queixara sobre isso, naqueles primeiros meses depois que Creevey foi pego e Skeeter publicou sua exposição sobre o assunto. — A confiança do público no Ministério está em seu nível mais baixo de todos os tempos.

Isso, Harry pensou, era um eufemismo. A demissão de altos funcionários durou meses. Harry nunca saberia quem eram os bandidos, se pergunta se ele já soube ou se ele era muito jovem.

Creevey recebeu uma pena reduzida e Harry sabe que foi em troca da patente de sua Maldição da Memória.

— Será oferecido a pacientes com TEPT extenso e trauma complexo e somente com seu consentimento explícito — Hermione garantiu a eles no dia em que a sentença foi proferida.

Harry lutou para conter sua fúria: dois dos novos vitrais estavam rachados.

— Dezoito meses em Azkaban é uma piada. — A voz de Harry estava derretida com magia.

— A Maldição da Memória nunca será elegível para distribuição em massa — Hermione disse, como se isso fosse acalmar o metal líquido em suas veias. Creevey machucou Draco. Ele matou Narcissa. Ele fez experimentos em trouxas. — É uma vitória, Harry. Nós paramos. Nós resolvemos.

Bons e maus. Vingança e justiça. Harry estava tonto de raiva e uma incerteza que o aterrorizava.

Fudge, ao que parece, não teve tanta sorte.

— Harry, por favor — Fudge ofegou quando Harry foi vê-lo, deitado em uma pequena cama em sua cela. — Você me conhece. Você sabe que eu não tinha nada para fazer-

— Você tentou me prender — Harry respondeu, sua voz controlada. Curta. Ele não deveria ter vindo. Harry sabia que não tinha nada a oferecer a Fudge.

— Você não me deixou outra escolha. Eu tive que fazer isso. Por favor.

Harry se perguntou se Fudge o achava tão estúpido ou se o desespero o estava deixando imprudente.

— Sinto muito — disse Harry, virando-se para deixar o homenzinho triste e enrugado nas entranhas do ministério que havia decidido que ele seria o bode expiatório.

— Testemunhe por mim! — Fudge cuspiu, toda a sua finesse perdida nas partículas de cuspe. — Isso seria de grande valia, e você me conhece.

Era verdade. Harry conhece.

— Não — disse Harry.

— Mas você — Fudge lutou para processar a rejeição. — Você testemunhou pelos Malfoys, depois da batalha. Eles eram literalmente Comensais da Morte, Harry. E eu-por que você não me ajuda?

Havia uma confusão genuína no rosto de Fudge. Sua pele estava flácida de preocupação e desnutrição.

Harry pensou nos dedos de Narcissa sob sua camisa, sobre sua mentira para o lorde das trevas. Ele pensou no rosto de Draco enquanto Harry soprava vida de volta em seus pulmões.

— Isso — Harry disse, — é preciso saber, Fudge. E você não precisa.

Três semanas depois, Harry fez a viagem ao ministério para os julgamentos. Ele observou o Wizengamot proferindo uma sentença de dez anos de prisão sem chance de liberdade condicional, e ele não disse nada.

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