E se Harry Potter fosse uma garota... e estivesse se apaixonando por Hermione Granger?
Em meio ao caos do Torneio Tribruxo, Hazel Potter enfrenta não apenas provas mortais e segredos sombrios, mas também um sentimento inesperado, que cresce a cada d...
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Com as cores da Irlanda, o grupo caminhou pela floresta seguindo a clareira iluminada pelas lanternas mágicas. Ouvia-se a algazarra de milhares de pessoas que se movimentavam à volta deles, gritos, gargalhadas e trechos de canções. A atmosfera de animação era extremamente contagiosa. Hazel não conseguia parar de sorrir.
Durante vinte minutos de caminhada, Hermione estava próxima a Hazel, com uma expressão contemplativa. Por vezes, seus ombros quase se tocavam e toda vez que isso acontecia uma sorria para a outra. Quando finalmente chegaram ao estádio, o grupo parou, admirando a construção monumental.
– Tem capacidade para cem mil pessoas – disse o Sr. Weasley, sorrindo ao ver a reação de Hazel. – Uma força-tarefa do Ministério, com quinhentos bruxos, trabalhou o ano inteiro. Cada centímetro está protegido por Feitiços Antitrouxas.
Enquanto subiam as escadas de carpete púrpura, Hazel continuava maravilhada com tudo ao seu redor, tentando absorver cada detalhe. Quando chegaram ao último andar, a visão do campo oval iluminado por uma luz dourada quase tirou seu fôlego.
– Impressionante, não é?
– É... – respondeu Hazel, desviando os olhos para a amiga e percebendo como a luz do estádio refletia nos cabelos castanhos dela.
Umas cem cadeiras douradas tinham sido distribuídas em duas colunas de cinco fileiras no camarote de honra, e Hazel, ao entrar na primeira com os Weasley, deparou-se com uma cena que não imaginara ver.
– Dobby? – perguntou Hazel incrédula para uma criaturinha sentada na fileira de trás, na penúltima cadeira.
A criaturinha levantou a cabeça e entreabriu os dedos que tampavam-lhe o rosto, deixando aparecer enormes olhos castanhos e um nariz do tamanho exato de uma batata. Não era seu amigo Dobby – mas era, sem a menor dúvida, um elfo doméstico.
– O senhor me chamou de Dobby? – guinchou o elfo cheio de curiosidade. Sua voz era ainda mais aguda que a de Dobby. Hazel suspeitou que este talvez fosse do sexo feminino.
Rony e Hermione se viraram nas cadeiras para olhar. Embora tivessem ouvido Hazel falar muito de Dobby, nunca haviam chegado a conhecê-lo.
– Desculpe – disse Hazel ao elfo –, achei que você era alguém que eu conhecia.
– Mas eu também conheço Dobby, minha senhora! – guinchou o elfo. Escondia o rosto como se a luz o cegasse. – Meu nome é Winky, minha senhora, e a senhora... – seus grandes olhos castanhos se arregalaram ao pousarem na cicatriz de Hazel – a senhora com certeza é Hazel Potter!
– Sou... – respondeu Hazel com gentileza.
– Ora, Dobby fala da senhora o tempo todo, minha senhora – disse ela baixando um tantinho as mãos e parecendo assombrada.
