E se Harry Potter fosse uma garota... e estivesse se apaixonando por Hermione Granger?
Em meio ao caos do Torneio Tribruxo, Hazel Potter enfrenta não apenas provas mortais e segredos sombrios, mas também um sentimento inesperado, que cresce a cada d...
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O primeiro fim de semana em Hogwarts amanheceu calmo, e os raios de sol entravam pelas janelas altas da Torre da Grifinória, iluminando a sala comunal. Hazel estava sentada no chão, encostada em um dos sofás mais próximos da lareira, a luz dourada do fogo refletindo em seus óculos. À sua frente, um pergaminho repousava na mesa de centro com anotações dispersas sobre o dever de Adivinhação. Hermione estava curvada sobre um grosso volume de História da Magia Moderna, enquanto Rony folheava distraidamente o dicionário de Astrologia, claramente sem ler uma palavra.
– Hazel, você realmente vai entregar isso? – perguntou a amiga espiando por cima do seu ombro, mas com um tom acusatório. – Vocês dois estão apenas inventando desastres absurdos! Pelo visto, você vai se afogar duas vezes só neste mês.
Hazel encolheu os ombros, um sorriso hesitante brincando em seus lábios.
– Bem, não é como se a Trelawney fosse notar. Eu morro toda semana mesmo...
Hermione não queria, mas riu para a amiga. Em sua defesa, também achava que a professora era uma charlatã que mal sabia o que estava fazendo.
– Eu já estou ficando sem ideias – acrescentou Rony, largando o livro com um olhar brincalhão. – Apenas sei que amanhã eu provavelmente vou ser esmagado por um hipogrifo furioso.
Hermione revirou os olhos, mas logo relaxou. Suspirou e fechou seu livro com um movimento rápido.
– Vocês dois realmente não levam nada a sério. Mas... bem... Quero aproveitar para falar sobre o F.A.L.E. com vocês – disse ela, enquanto puxava um pergaminho dobrado da mochila.
Hazel ergueu as sobrancelhas, observando os olhos brilhantes de Hermione.
– O que é F.A.L.E.? – perguntou a morena, curiosa.
– Frente de Apoio à Libertação dos Elfos – respondeu Hermione, com uma empolgação que fez Rony revirar os olhos. – Não podemos nos isentar sobre como os elfos domésticos são tratados. Eles são forçados a trabalhar sem pagamento, sem direitos... Isso é inaceitável!
Rony bufou.
– Ah, Hermione, não sei... Os elfos gostam de trabalhar, não gostam? É o que eles fazem. Tipo... é o propósito deles. Meu pai sempre diz que eles se sentem felizes assim.
– Isso é um absurdo, Rony! – Hermione retrucou com firmeza, os olhos faiscando. – Eles só acham que estão felizes porque não conhecem outra realidade. Imagine se alguém te dissesse que sua única função na vida é servir outras pessoas, e que você nunca vai poder decidir nada por si mesmo. É isso que acontece com eles!
Hazel, que observava a troca entre os dois, interveio.
