E se Harry Potter fosse uma garota... e estivesse se apaixonando por Hermione Granger?
Em meio ao caos do Torneio Tribruxo, Hazel Potter enfrenta não apenas provas mortais e segredos sombrios, mas também um sentimento inesperado, que cresce a cada d...
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Quando finalmente chegaram ao acampamento, ninguém estava com vontade de dormir. A euforia pela vitória da Irlanda ainda pulsava ao redor. O Sr. Weasley, percebendo o ânimo de todos, sugeriu que tomassem um chocolate quente antes de se recolherem.
— Você viu aquele gol do Mullet, Hazel? — Perguntou Rony, gesticulando como se fosse um dos jogadores. — O mais rápido do jogo! Eu nem consegui acompanhar direito!
Hazel riu baixinho, segurando sua xícara com as duas mãos.
— Eu nunca pensei que alguém pudesse voar tão rápido.
Hermione, que estava ao lado de Hazel, lançou-lhe um olhar curioso.
— Você não pensa em tentar algo assim em Hogwarts?
— Ah... eu só tento não cair da vassoura durante as partidas — respondeu Hazel com um sorriso tímido. — E não é sempre que dá certo, você sabe...
— Você está usando uma falsa modéstia, Hazel Potter?
— Quem? Eu?
E então Hermione percebeu que não, não era uma tentativa de parecer menos habilidosa no quadribol. Nem uma maneira de receber qualquer elogio por sua performance na vassoura. Ela realmente se enxergava com humildade. Não parecia saber que, tal qual o seu pai, havia batido várias marcas pela Grifinória.
Isso fazia Hermione admirá-la desde que se conheceram. No primeiro ano em Hogwarts, logo se deu conta de que perto de Hazel Potter significava estar cercada de amizade, doçura e preocupação - porque a morena sempre dava um jeito de aparecer machucada.
A mesa inteira estava cheia de energia, até que Gina, exausta, deixou a cabeça cair sobre o braço e acabou derramando seu chocolate quente.
— Está na hora de ir para a cama, todos vocês! — disse o Sr. Weasley em resposta ao cansaço da filha.
Hermione, Gina, Hazel e Rony fizeram sua higiene noturna, trocaram de roupa e subiram em seus beliches. Mesmo com o avançar das horas, o som das comemorações do lado de fora continuava forte, com batidas ritmadas e canções que pareciam ecoar pelo acampamento.
— Ah, fico feliz de não estar de serviço — murmurou o Sr. Weasley, já com os olhos fechados. — Eu não iria gostar nem um pouco de ter que dizer aos irlandeses que precisam parar de comemorar.
Hazel, que ocupava a cama superior do beliche de Rony, ficou olhando para o teto de lona da barraca. Observava o brilho ocasional das lanternas dos leprechauns que ainda sobrevoavam o por ali.
Ela não tinha certeza se havia adormecido ou não – seus devaneios eram quase lúcidos, indo desde voar como Krum a vencer Cedrico na partida deste ano. O que sabia é que foi subitamente despertada pela voz urgente do Sr. Weasley.
