E se Harry Potter fosse uma garota... e estivesse se apaixonando por Hermione Granger?
Em meio ao caos do Torneio Tribruxo, Hazel Potter enfrenta não apenas provas mortais e segredos sombrios, mas também um sentimento inesperado, que cresce a cada d...
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O sol tímido atravessava as cortinas do dormitório da Torre da Grifinória quando Hazel abriu os olhos. O silêncio preenchia o espaço, e ela percebeu que estava sozinha. Hermione já havia descido. Hazel piscou, confusa. A amiga sempre a esperava, especialmente pela manhã. Suspirando, levantou-se e sentiu os pés tocarem o frio chão de pedra. Sua cicatriz estava formigando.
Depois de um banho rápido, desceu para o salão comunal, o coração pesado com pensamentos que insistiam em ofuscar sua atenção. O dia anterior continuava em sua mente, mas, principalmente, a forma como percebeu o que sentia pela melhor amiga. Havia algo confuso e intenso em suas emoções quando estava com ela. Até então, Hazel nunca tinha se interessado por ninguém. Nunca experimentou aquela onda de nervosismo ou o calor que subia ao rosto quando Hermione olhava em seus olhos.
— O que está acontecendo comigo? — murmurou baixinho enquanto descia os últimos degraus, a mão levemente trêmula segurando o corrimão.
— Gastrite nervosa ou prisão de ventre – um quadro na parede respondeu solícito, Hazel devolveu um sorriso sem graça.
No salão comunal, encontrou Rony sentado em uma das poltronas, os cabelos ruivos despenteados e um ar de preguiça estampado no rosto.
— Você está com uma cara terrível — comentou ele, ao vê-la se aproximar.
— Bom dia pra você também — devolveu Hazel, com um sorriso irônico no rosto.
— Vamos, estou faminto — o ruivo bocejou e se levantou, sinalizando para que saíssem pelo buraco do retrato.
Enquanto desciam juntos, Rony quebrou o silêncio com uma risada breve.
— Hermione estava bem mandona ontem à noite, não acha?
Hazel deu de ombros, os olhos voltados para os próprios pés.
— É só o jeito dela de se importar — respondeu, sentindo o peito apertar ao pensar nisso.
O Salão Principal estava decorado para o Dia das Bruxas. Morcegos vivos voavam pelo teto encantado, enquanto abóboras esculpidas com expressões divertidas riam em todos os cantos. A agitação habitual do café da manhã os envolveu. Hazel e Rony se juntaram a Gina e Neville na mesa da Grifinória, enquanto pães, geleias e suco de abóbora enchiam as travessas diante deles. A ruiva parecia particularmente animada, e Neville estava tagarelando sobre os possíveis participantes do Torneio Tribruxo.
— Já souberam da última? — começou a ruiva, com um brilho travesso nos olhos. — Fred e Jorge estão na enfermaria.
— O quê? Por quê? — perguntou Rony, alarmado.
— Tentaram envelhecer com uma poção para passar pela linha etária e colocar seus nomes no Cálice de Fogo — explicou Gina, rindo. — Não funcionou. Acabaram com barbas e cabelos grisalhos, pareciam dois velhos rabugentos. Madame Pomfrey está cuidando deles agora.
