E se Harry Potter fosse uma garota... e estivesse se apaixonando por Hermione Granger?
Em meio ao caos do Torneio Tribruxo, Hazel Potter enfrenta não apenas provas mortais e segredos sombrios, mas também um sentimento inesperado, que cresce a cada d...
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O Salão Comunal da Grifinória estava especialmente animado naquela noite. O jogo amistoso de quadribol dominava todas as conversas. Vários alunos permaneciam reunidos ao redor da lareira, ainda cheios de energia. Hazel estava esparramada em um dos sofás, com os pés esticados sobre uma almofada, o nariz levemente avermelhado após o episódio com o balaço. Apesar disso, ela parecia relaxada, sorrindo enquanto Rony gesticulava animadamente.
– Aquele mergulho foi incrível! – exclamou ele, imitando com os braços o movimento que Hazel fizera ao capturar a pequena bolinha. – Eu juro, foi como se você fosse despencar da vassoura e, de repente... uau! Lá estava você com o pomo. – Ele balançou as mãos para o alto, teatralmente, enquanto os outros riam.
– Cedrico vai se lembrar disso o resto da vida – alfinetou Angelina Johnson, artilheira do time da Grifinória. – Eu realmente gostaria que Olivio Wood pudesse ter visto.
Gina, sentada em uma poltrona próxima, sorriu de canto. – Foi mesmo impressionante, Hazel. Ainda mais depois do que a Cho fez. Não sei como você continuou no jogo com o nariz daquele jeito.
Hazel deu de ombros, um sorriso hesitante iluminando seu rosto. – Você realmente não entende, Gina? O que você fez com a goles não foi brincadeira. Um balaço de nada não ia te tirar do campo e eu sou capaz de apostar.
Antes que a ruiva pudesse responder, Hermione atravessou o buraco do retrato com passos decididos, carregando uma compressa.
– Aqui está, Hazel – disse ela, entregando a sacolinha de gelo com delicadeza. – Você deveria ter colocado isso mais cedo. Madame Pomfrey falou que vai ajudar com o inchaço. – Sua voz soava prática, mas havia algo nos olhos castanhos que denunciava um toque de preocupação.
Hazel aceitou a compressa e a pressionou contra o nariz. – Obrigada, Mione – murmurou, relaxando mais ainda no sofá. – Você realmente não precisava ter ido até a Ala Hospitalar só por isso.
Hermione cruzou os braços, os lábios franzidos em leve desaprovação. – Claro que precisava. E, se não fosse tão teimosa, teria ido lá você mesma – ela se sentou no braço do sofá, os olhos fixos no rosto de Hazel. – Você foi incrível hoje – disse em um tom mais suave. – Não apenas no final, mas durante todo o jogo.
O olhar de Hazel encontrou o de Hermione, e por um momento o ruído ao redor pareceu se dissipar. A apanhadora abriu a boca para responder, mas foi interrompida quando Fred e Jorge entraram em cena, rindo alto e carregando algumas garrafas de cerveja amanteigada que provavelmente contrabandearam de Hogsmeade.
– Aqui está ela, a estrela do dia! – anunciou Fred, atirando-se no sofá ao lado de Hazel. Jorge fez o mesmo no outro lado.
– O que você acha, Jorge? – disse Fred, inclinando-se teatralmente para Hazel. – A melhor apanhadora que Hogwarts já viu? Ou a mais sortuda?
