o começo?

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faziam algumas semanas que jay não conseguia falar com karen, como se ela soubesse de sua descoberta, não respondia as mensagens e nem atendia as ligações, jongseong decide que falar com ela não valeria o esforço, muito menos depois de notar cada acidez em suas palavras nos encontros que tinham.

jungwon estava focado em recuperar a moral com o time e com o capitão, jay não queria dizer que estava orgulhoso, mas estava pra caralho, aquele bunda mole começou a dar um duro danado e todo o time torceu por ele.

— o que aconteceu com ele? ta outra pessoa tem uns meses. — jake comenta um pouco surpreso, olhando jay de lado, parecia que desconfiava de algo.

notar a nuance dessa descoberta fez jay se remexer no banco que estavam, no campo de treinamento.

— eu tenho ajudado bastante com os treinos dele... — coça a garganta e abre a garrafinha de água que segurava, desviando do olhar incisivo de jake.

— e que tipo de treino? — os olhos cerram e jongseong engasga com a água, jake dá leves tapinhas nas costas do colega. — não precisa ficar nervoso, só... toma cuidado. — se levantou enquanto suspirava, tinha um papel que o sim deixou ali antes de se levantar, jay queria poder não ter lido o conteúdo com letras maiúsculas e mal escritas; park songseong é gay.

isso não o abalaria, era bem resolvido, mesmo que o medo em sua família o assustasse, isso poderia facilmente ser camuflado, mas havia um pendrive atrás do papel e o sangue de jay gelou com as possibilidades do que poderia ser surgindo em sua mente.

não não não!





.


jungwon estava absorto, respondia algumas mensagens do pais no celular e ignorava as notificações dos amigos que surgiam pela tela, não queria pensar muito na noite que passou com jay, muito menos torrar seu juízo pensando no que eram a partir daquele momento.

claro que conversariam, mas o yang não queria saber quando, nem onde, nem como começaria ou terminaria aquilo, queria ser uma folha, sendo carregada pelo vento sem precisar calcular a rota da sua viagem.

as férias da faculdade começaram antes do que gostaria, jay — na casa ao lado — era inconveniente, fazendo barulho constantemente com aquela caixinha de som irritante e barata.

quase todos os dias chamava os amigos para festejar, jungwon era jogado pra escanteio, sentia que servia apenas para satisfazer o ego dele, quando lhe fosse bem oportuno. yang não queria mentir e dizer que não se importava, estaria mentindo, jay estava excluindo ele de tudo, como antes, tem algo errado.

num solavanco, pula do sofá e decide acabar com a festa de jay e intimá-lo sobre este comportamento infantil. andou até a porta ao lado e socou várias vezes a madeira, o som para, e jungwon pôde ver debaixo da porta, a luz do lugar apagar. bando de idiotas.

— jay, eu sei que você ta ai né gatão — começou a bater o pé nervoso, se segurando para não tentar abrir a força a porta, não queria parecer arrogante, sabia dos limites da educação que tinha.

ninguém responde, mas yang conseguiu ouvir uma risadinha abafada, como se alguém tentasse segurar o riso com a mão na boca.

"shhh ele vai ouvir" jay acha que sussurrou, a voz tão baixa quanto a de um megafone ligado.

— abre essa porra, eu to lidando com crianças? — fodasse a educação e seus limites, jungwon começou a chutar a porta incansavelmente, estava morto de... ciumes!

um bando de caras provavelmente bonitos e jay no meio deles... pra que isso? ter amigos bonitos é tão ilegal quando dirigir bebado.

— oi gracinha, sentiu minha fal— yang deixa a palma da mão na cara de jay, enquanto espiava o que tinha dentro da casa pequena.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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bombeiro ‹ jaywonOnde histórias criam vida. Descubra agora