ℭ𝔬𝔫𝔱𝔯𝔞𝔱𝔬 𝔡𝔞 𝔐𝔞𝔣𝔦𝔞 - 𝚂𝚊𝚝𝚣𝚞

"14"

TZUYU ON:

Não tenho que reclamar do que estou vivendo aqui, morar com a Sana é maravilhoso as pessoas são maravilhosas, eu tenho a impressão que todo mundo gosta de mim, menos os caras do Marcão mas sou respeitada, e quem ganhou com isso foi a Lily. 

Eu não comento nada com Sana mas ela diminuiu um pouco de falar à noite, mas ainda fala, mas pelo menos agora está feliz, fala das pessoas que conheceu aqui, sobre nós duas, sobre as coisas novas que conheceu e aprendeu, e as vezes chama as amigas a Somi e a Gahyeon, eu entendo ela porque também estou com saudades das minhas amigas da minha mãe, só de lembrar da minha mãe me dá vontade de chorar, até do Dom, poxa eu podia contar com meu pai pra tudo, a única coisa que ele não falou pra mim foi do bendito contrato de casamento, mas estou com saudades dele, estou pra dizer que se não fosse o episódio do avô dela acho que estaria tudo bem. 

- Patroa vamos dar um rolê – Chama a Della, alguns dias atrás a Sana falou que os pais de Della morreram em um acidente, eu fiquei triste por ela, mas apesar disso ela é uma menina feliz.

- Vamos – Eu segui ela. 

-Então patroa, lá no Japão, você era popular? – Perguntou chutando a areia.

- Era sim, meu pai meio que manda lá e em toda a Ásia – Expliquei.

- Mais e a polícia? – Ela fala.

- Então meu pai tem muitas amizades com pessoas importantes, juízes, delegados, polícias, facilita a vida da máfia – expliquei e ela fica quieta.

- Tem saudades de lá? – Ela Pergunta.

- Tenho da minha mãe, até do meu pai apesar do que aconteceu – digo.

- Mas você parece gostar do Brasil – Ela diz sorridente.

- Tem como não gostar? Vocês são muito acolhedores, amorosos e eu admiro isso em vocês.

-Legal, sabe depois das minhas tias e meu avô, você foi muito bacana comigo, não quero perder o vínculo – Ela diz.

- Porque perderia? – Olho sem entender.

- Você veio embora e deixou todas as suas amizades e seus pais, e se um dia você voltar pra lá e... – Voz dela falha.

- Della, as situações são diferentes, eu saí de lá fugida tenho amigas que são muito espertas e me achariam com uma ligação e trabalham para o meu pai – ela parece entender – E outra se um dia eu for embora eu pretendo levar minha irmãzinha – ela me olha sem entender um pouco admirada.

- Eu? Eu? Irmãzinha? – ela me abraçou e chorou – nós somos irmãs de pais diferentes, mas é sério mesmo que você me leva?

- Se a sua tia deixar e eu for pra lá sim – Falo calma, e ela me olha acredito que me analisando se estou mentindo.

- Eu sempre quis ter uma irmã – ela me abraçou chorando e acabou saindo umas lágrimas minhas também ao ver ela tão emotiva.

- Eu também, mas minha mãe disse que eu era muito arteira, por isso sou filha única, ela vai gostar de você – Ela me abraça de novo.

- Será? – Pergunta e eu afirmo

- Mas ela é brava, muito brava – Ela arregala os olhos.

-É o seu pai? – Ela Pergunta ela sempre interessou por minhas histórias.

- A mano meu pai só sabe rir de tudo, mas é sério no momento certo, ele é muito bom com armas e em luta, eu puxei pra ele também ri quando mata as pessoas – Ela me olha – A somos bem parecidos, loiros com olhos azuis, minha mãe é morena tem o olho azul também, mas um pouco mais escuro.