Final

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Thanos chegou. 

É claro que chegou, Tony disse que ele viria. 

Ele gostaria de dizer que não está preocupado, afinal, eles se prepararam para isso. Mas a verdade é que, mesmo agora – ou principalmente agora – quando seus alfas estão espalhados pelo campo de batalha, – travando sua próprias lutas individuais e ajudando uns aos outros – que em algum momento foi o complexo, mas que agora se tornou uma pilha de destroços e está dez vezes pior do que Wanda o deixou durante a guerra civil e metade dele foi obliterado, ele não pode dizer que está otimista. 

Algumas vidas já foram ceifadas, – claro que sim, ninguém enfrentaria Thanos sem perdas – principalmente agentes, mas ainda pessoas que ele conversou e até mesmo cientistas com quem ele trabalhou diretamente; aqueles  que se recusaram a sair, porque tinham trabalho a fazer e fizeram até o último minuto. 

Eles estão o meio do campo de batalha e ele está longe de estar otimista, – não importa o quanto do exército de Thanos eles tenham levado, porque parece que isso só deixou o titã ainda mais irritado – principalmente quando ele pensa em seus alfas se arriscando por ele e seus filhos... aqueles pequenos garotos jovens demais para a batalha estão por aí, no meio dela, porque se recusaram a recuar e deixá-lo sozinho. 

Não, ele não está otimista, ele está entrando em pânico. 

No entanto, não é do tipo de pânico que ele odeia e que o deixa paralisado, não. É o tipo que diz: Eu tenho que acabar com isso antes que um dos meus seja levado, porque eu não vou aguentar se isso acontecer. 

Então ele está fazendo isso, há muito a luta se tornou um borrão e as armas pesadas estão em jogo há um tempo. Ele olha pra cima e vê um borrão cinza passando e se junta a ele, fazendo uma piada ao invés de dizer que ele não deveria estar ali, porque não seria justo com quem ele chamou e está o ajudando. 

— Você demorou, Sourpatch. — Ele brinca no comunicador — Achei que você me deixaria sozinho nessa. — Seu Rhodey bufa em resposta. 

— Como se. — Ele resmunga e para no ar, antes de flutuar ao seu redor — Eu protejo sua bunda desde quando você tinha quatorze anos, não vou te deixar agora. — Não, claro que não, mas Tony ainda acha que ele não deveria estar ali e ele acha que Rhodey sabe disso, porque ele sempre parece saber o que Tony não diz. 

— Vamos acabar logo com isso e você pode me pagar um jantar depois disso. 

— Eu acho que o papai deveria pagar o jantar para todos. — Vem a voz de seu pequeno encrenqueiro e Tony bufa. 

— Você invadiu a comunicação ou estamos na rede errada? 

— Você não acha muito suspeito que você tenha uma comunicação apenas para falar com o tio Rhodey, quando toda a sua família está aqui? — Tony estremeceu com a lembrança e atirou naquela coisa que corria em quatro patas e parecia ter saído direto do filme aliens, só que com menos baba alienígena. 

— Não realmente, existem piadas internas que apenas o tio Rhodey entenderia. — Ele resmungo, embora exista um motivo muito mais sincero do que esse; ele não queria distrair seus alfas, ele sabe- pode sentir a preocupação deles em sua marca e ele não quer o foco deles ainda mais nele. 

Ele ainda se lembra da expressão de Loki há algumas semanas quando ele disse que queria que os outros o marcassem, foi preocupante... ainda é. 

Loki não faz nada sem motivo e ele já deixou claro que coloca o bem-estar de Tony acima de todo o resto, então quando ele disse isso, mais do que a empolgação e o desejo que ele sentiu, ele suspeitou. 

Tony agora tem a marca dos cinco, o que é alguma coisa, porque ele sempre achou que Bruce não poderia marcar ninguém, mas ele pode sentí-lo em sua única marca, – magia do Loki, obviamente. Tony aprendeu a não questionar. 

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