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bem vindos ao capítulo favoritos da fic de vocês <3

VISAO SOFIA

A sala estava mergulhada em uma penumbra confortável, iluminada apenas pela luz fraca que vinha da cozinha. O silêncio entre nós era quebrado apenas pelo som suave das nossas respirações, entrecortadas pelos risos baixos que escapavam de vez em quando, como se estivéssemos tentando aliviar a tensão. Mas não havia mais espaço para incertezas.

Duda ainda estava sentada no sofá, mas agora eu estava entre as pernas dela, ajoelhada no tapete macio. Nossas mãos se buscavam, traçando linhas invisíveis uma na outra, como se quiséssemos memorizar cada detalhe.

– Quer ajuda pra tirar a blusa? – Ela disse, rindo, a voz um pouco arrastada pela bebida.

– Eu consigo. – Respondi, rindo de volta, mas sentindo o calor subir pelo meu rosto.

Ela segurou meu rosto entre as mãos, e o gesto era tão íntimo, tão desarmado, que eu quase me perdi ali.

– Sofi... – A forma como ela disse meu nome era como um segredo, algo precioso.

– Tô aqui. – Respondi, baixo.

Duda me puxou para perto, e o beijo veio sem pressa, mas cheio de intensidade. Era como se cada movimento dela estivesse gravado em mim, um ritmo que só nós conhecíamos. As mãos dela desceram pelo meu rosto, encontrando o caminho até minha cintura, onde os dedos se prenderam ao tecido da minha blusa, puxando de leve.

– Isso é loucura. – Ela murmurou contra minha boca, sem realmente parecer querer parar.

– Sempre foi. – Eu respondi, sorrindo entre os beijos, antes de puxá-la para mais perto.

Nosso equilíbrio se perdeu quando ela tentou me levantar. Acabamos caindo de volta no sofá, rindo do desastre que éramos, mas sem soltar uma da outra. Duda se ajeitou por cima de mim, os cabelos bagunçados caindo ao redor do rosto dela enquanto me olhava de um jeito que fazia tudo dentro de mim estremecer.

– Sabe o que é maluco? – Ela disse, a voz baixa, mas cheia de certeza. – Eu sempre soube que ia ser assim com você.

– Assim como? – Perguntei, mesmo sem fôlego.

– Desse jeito, equilibrado e no tempo certo. Como se não houvesse outra opção.

Não tive resposta para aquilo. Ao invés disso, passei as mãos pelos cabelos dela, puxando-a para mais um beijo. A sala parecia ter se tornado um universo à parte, onde nada além de nós duas existia.

As mãos dela subiram pela minha lateral, deixando um rastro de arrepio por onde passavam. Eu a puxei para mais perto, sentindo o calor aumentar entre nós, enquanto nossos movimentos ficavam mais sincronizados, mais urgentes.

E naquela noite, sem nenhuma palavra a mais, nos entregamos. Não era sobre resolver o que sentíamos, nem sobre buscar respostas para as dúvidas que ainda pairavam entre nós. Era sobre nos permitirmos existir uma na outra, pelo menos naquele momento.

VISAO DUDA

O sol entrava tímido pelas frestas da cortina, jogando uma luz quente no quarto de Sofia. Pisquei algumas vezes, tentando afastar a confusão que vinha com a ressaca. Minha cabeça latejava, e o gosto amargo na boca denunciava a quantidade de álcool que tinha passado por mim na noite anterior.

Demorei uns segundos para processar onde estava, mas então senti o peso familiar de um braço descansando sobre minha cintura. Não precisei olhar para saber que era dela.

Respirei fundo, tentando não me mexer muito. Parte de mim queria ficar assim para sempre, mas a outra parte, aquela que gritava insegurança, já começava a se perguntar o que viria depois.

daylight - soardaOnde histórias criam vida. Descubra agora