➎. 𝒰𝓃𝒾𝓋ℯ𝓇𝓈ℴ 𝓅𝒶𝓇𝒶𝓁ℯ𝓁ℴ

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Recado da autora
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Bom dia, leitores. Passando aqui pra avisar que vou experimentar diminuir um pouco o ritmo a partir de agora, para ter mais tempo para planejar o mundo, a trama e criar um conteúdo de melhor qualidade para vocês (e quem sabe até criar capítulos maiores). A história até aqui já foi pensada há muito tempo, e alguns trechos escritos há meses, por isso eu estava conseguindo atualizar com essa frequência. Mas a partir de agora o negócio vai ficar meio novo para mim. Então, por enquanto, vou fazer o clássico um-dia-sim-um-dia-não e vou avisando qualquer coisa. Espero que entendam!

Atenciosamente,
Stella Minerva

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➎. 𝒰𝓃𝒾𝓋ℯ𝓇𝓈ℴ 𝓅𝒶𝓇𝒶𝓁ℯ𝓁ℴ
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Mliera Qirell era uma senhora ruiva e pequena em seus 40 anos. Ela costumeiramente trajava vestidos longos de mangas compridas em cores claras, uma tiara prata, e deixava seus cabelos soltos. Mas hoje, especialmente, estava usando um verde muito escuro e sujo e seus fios se prendiam em uma trança longa. Na caverna, na luz única das chamas que pairavam sobre sua mão, ela emanava a mesma energia de seus arredores, exceto pelo sorriso radiante. Mliera continuou a conversa:

- No final da história, nós não passamos de um bando de adultos traumatizados com a academia. - e riu - Exatamente como a La-ara disse que seria.


- Bem, quando ela disse isso, não falava sério. Imagina se La-ara pudesse nos ver agora, ficaria decepcionada. - comentou uma mulher da mesma idade, com os cabelos loiros levemente grisalhos. Ela usava uma capa azul-real que escondia as típicas roupas pretas associadas aos magos da região. - Não é não, Eriy? - mas o último não respondeu. Mer Eriy era apenas alto o suficiente para não ser mais baixo que Eldaliza Flidor. Seus olhos cor âmbar carregavam, consigo, uma expressão séria, meio rabugenta. Usava, também, uma capa preta, que escondia um Kimono totalmente preto, e sua roupa combinava com seu cabelo. Ele ficou em silêncio, sem responder, o que fez Eldaliza e Mliera trocarem olhares de cumplicidade.

- A essa altura você já deveria ter superado uma menina de vinte e três anos, Eriy. Depois de um certo tempo vai ficando feio pra você. - falou Mliera.

Ele soltou um leve riso.

- Eu acho que vocês duas deviam calar a boca.

Encerrada a conversa, os três andaram silenciosamente até o caminho estreito se abrir em um enorme salão natural. No alto do teto, um grande buraco evidenciava a lua cheia, gigante a qual banhava o salão com sua luz prateada. Nos cantos, as paredes se enchiam de trepadeiras e musgos escalando as negras pedras. E, no meio, um lago luminoso brilhava em uma mistura de cores, como um caleidoscópio vivo, refletindo em sua totalidade as memórias que os magos carregavam. De forma síncrona, o trio, abalado, suspirou.

- Está cintilante, como naquele dia. - disse Eldaliza, e sua voz carregada de tristeza quebrou o calar pesado da noite, só para então seguir-se de um silêncio ainda maior, antes dela mesma o interromper - sei que somos os mais aptos para isso, mas não consigo deixar de pensar que foi maldade nos enviar aqui de novo. É como revisitar a morte de uma amiga.

Calíope BragaOnde histórias criam vida. Descubra agora