S/N Edouard P.O.V.
Eu queria gritar, queria gemer, queria morder... mas eu não poderia fazer isso.
Leana estava no meio das minhas pernas me dando uma dos melhores chupadas que já tive. Sua língua em mim, suas mãos me apertando... eu só queria...
Meu corpo se movia por conta própria, dava solavancos involuntários a cada vez que sua língua tocava em meu nervo.
Eu precisava tanto disso, desse contato com...
Escuto alguém batendo na porta e nem tive tempo de responder, a porta foi aberta e Lalisa entrou nos encarando fixamente. Leana só teve tempo de subir em meu corpo para cobrir minha nudez.
— Leana, preciso que saia imediatamente. - O tom de voz duro de Lisa me assustou e não foi diferente com Leana.
— Treinadora... Lisa, é... não pode voltar depois? - Pediu minha namorada e me olhou sorrindo, mexendo sua perna em minha intimidade. Mordi os lábios e fechei os olhos.
— Vista-se e saia, Leana. - Antes de sair de cima de mim, Leana pegou o lençol e passou pelo meu corpo, cobrindo minha nudez. Minha namorada vestiu um shorts e saiu do quarto encarando Lisa.
Me encolhi na cama com medo de que ela me visse nua, mas com seu olhar, mesmo se eu estivesse completamente vestida, me sentiria nua.
Ela se aproximava calmamente até se sentar na ponta da minha cama, tocando em meus pés cobertos pelo lençol.
— Podemos conversar por alguns minutos? - Eu não sabia se deveria aceitar, mas seu rosto com uma expressão que ela não costuma deixar exposto estava ali me encarando com seus olhos lacrimejantes.
— Tudo bem. Mas, poderia se virar só para eu me vestir? - Ela se virou e eu rapidamente vesti um dos meus vestidos e vesti uma calcinha, para logo rapidamente eu me recostar na cabeceira da cama e esperei para ouvi-la. — Pode se virar. - Encarei seus olhos e eu conseguia sentir que ela estava receosa e até, talvez, preocupada.
— Eu quero me desculpar, quero que aceite me ouvir e espero que possa me perdoar. - Seus olhos estavam tão... brilhantes. — Eu me culpo todos os dias pelo o que fiz com você, pelo o que eu fiz você passar. Tudo o que fiz foi alimentado pela vingança e raiva, eu queria ter justiça, mas, o meu maior medo aconteceu. - Meu corpo se arrepiou com o seu toque em minhas mãos. — Eu temia não sentir aquela satisfação por ter o que eu queria, e isso foi o que aconteceu. Achei que se começasse com você eu poderia ter a minha vingança, mas o que aconteceu foi que eu sinto essa culpa e é ainda pior. Isso dói, como a porra de um imenso caminhão passando em cima de mim. Me sinto pior por ter feito você chorar. - Me assustei ao vê-la chorando, seus ombros balançavam pelos fortes soluços. — Eu não queria machucar você e nem mesmo...
— Você tentou me matar, Lisa. Não consigo e nem quero perdoar você. - Desviei o olhar e tentei me levantar, mas sua mão me segurou me forçando a olhá-la novamente.
— Eu me arrependo de tudo, S/N. Me arrependo inteiramente. Eu me culpo todos os dias, essa vingança que eu tanto queria de nada serviu. Eu não me sinto vingada, não me sinto justiçada. Eu errei em achar que acabar com a vida de alguém iria melhorar a minha, mas só piorou. - Tentei me soltar dela, tentei arrancar suas mãos de mim, mas eu não consegui. Eu a odeio, a odeio por tudo o que me fez sentir.
— Por que quer meu perdão? Não se sente vingada? Você não me matou, não matou alguém da minha família, como pode antecipar seu sentimento se ainda não o fez? - Puxei minhas mãos e lhe afastei com um empurrão. — Você deseja isso, eu não me esqueço do seu olhar para mim, da raiva que você sentia enquanto apertava meu pescoço.